Um dos fatores cruciais para você controlar seu orçamento é dominar a sua mente. Além do conhecimento, é preciso que você se conheça e saiba como evitar armadilhas que podem lhe custar muitas dores de cabeça – e também dinheiro. É aí que entra a psicologia econômica.
Embora muito estabelecida em outros países, essa área do conhecimento é relativamente nova no Brasil. Mas acaba sendo muito importante para toda pessoa e, especialmente para quem quer investir no seu futuro e construir uma carreira sólida e sustentável.
O que é psicologia econômica?
A psicologia econômica consiste em compreender o comportamento das pessoas em sua vida econômica. Assim, essa área explora a forma como as questões econômicas na sociedade afetam o comportamento das pessoas.
A expressão foi usada pela primeira vez em 1881, por Gabriel Trade, pensador social e jurista francês. Mas essa disciplina do conhecimento só veio a se firmar na década de 1970 ao redor do mundo. Por aqui no Brasil a psicologia econômica começou de fato a ganhar popularidade nos estudos a partir dos anos 2000.
Entre os aspectos estudados estão a economia comportamental, as finanças comportamentais, a socioeconomia, a neuroeconomia e a psicologia do consumidor. Ou seja, são estudados, por exemplo, o porquê de alguém comprar determinados produtos, o consumo do ponto de vista psicológico, os alicerces neurológicos que nos fazem tomar determinadas decisões econômicas, entre vários outros.
De acordo com a professora Vera Rita de Mello Ferreira, maior referência em psicologia econômica no Brasil, nós somos seres limitadamente racionais do ponto de vista cognitivo e emocional. Assim, há várias limitações no processo de decisão decorrentes dos atalhos mentais. O que importa quando tomamos uma decisão é reduzir a tensão interna e atender desejos imediatos, buscando evitar a dor e somente depois ter prazer.
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Os desejos são infinitos e os recursos são limitados. Como controlar as finanças?
A forma mais fácil de falar da psicologia econômica é por meio de exemplos, de estratégias para evitar armadilhas de marketing, de não cair em pegadinhas do dia a dia ou de hábitos de consumo que temos e que, na verdade, acabam sendo prejudiciais para o nosso orçamento ou planejamento financeiro.
É importante lembrar que, especialmente no Brasil, a educação financeira não é um tema comumente discutido desde a infância. Somente nos últimos anos o tema ganhou mais destaque e, ainda assim, engatinha na educação nas escolas e também dentro de casa.
Do ponto de vista das finanças pessoais, é preciso tomar cuidado com as armadilhas no mundo do consumo. Você pode ser influenciado pela aversão à perda. Por exemplo, o excesso de confiança, o otimismo e também o “efeito manada” podem ser prejudiciais a várias decisões quando não se avalia bem as opções. Nós tendemos a reforçar nossas crenças pré-estabelecidas, condizendo com nossas vontades e tendemos a preferir acreditar que tudo vai dar certo. Por isso é preciso ter atenção!
Desta forma, quanto mais consciência você tiver sobre os diversos fatores que envolvem o dinheiro, as finanças e os investimentos no dia a dia, melhor será para você se planejar, seguir focado em seus objetivos e dedicar atenção ao que realmente importa para você. É conhecendo esses gatilhos e tendo mais autoconhecimento que vamos alcançar uma relação mais saudável com nosso dinheiro.
A seguir listamos algumas dicas e caminhos para evitar armadilhas e usar a psicologia econômica a seu favor!
A melhor forma de não ficar rico é tentando parecer um. Gaste menos do que você ganha!
Gastar menos do que você ganha é um dos pilares da educação financeira. Pode parecer lógico que para conseguir fazer sobrar todos os meses é preciso ter um dinheiro destinado para isso, mas não é tarefa fácil. Por isso é importante fazer um bom planejamento financeiro, ter controle dos seus gastos e ganhos, reduzir gastos desnecessários e evitar dívidas.
Por isso que a melhor forma de não ficar rico é tentando parecer um. Ou seja, é muito comum você encontrar por aí pessoas que vivem um patamar acima do que ganham. Desta forma, querem parecer algo que não são e, para isso, gastam mais do que recebem na tentativa de parecerem ricas e poderosas. Essas pessoas gostam de ostentar o que não tem, muitas vezes se afundam em dívidas, mas possuem o carro do ano, o melhor celular, ostentam de todas as formas, mas estão zerados na conta bancária.
Tenha apenas um cartão de crédito
O cartão pode ser um ótimo aliado e muito útil no dia a dia. Mas também pode ser um vilão, caso você não pague as faturas, faça dívidas em múltiplas prestações e perca o controle ou não tenha na ponta do lápis o que você gasta com ele.
Por isso, uma dica boa, principalmente para quem não consegue fazer este tipo de controle, é ter apenas um cartão de crédito. Assim, é mais fácil ter domínio sobre seus gastos e você não se perde com faturas
Avalie a possibilidade de comprar objetos seminovos
Uma forma de gastar menos é comprar objetos ou itens seminovos. Hoje em dia este mercado está superaquecido e cada vez há mais opções de bons objetos com preços menores. Pense duas vezes se você sempre precisa comprar determinados eletrônicos, celulares ou até mesmo carros novos. Assim, você pode economizar uma boa grana.
Busque alternativas de compras baratas
Pesquisar preços, comparar, fazer lista de compras e pechinchar são práticas antigas e que sempre vão poder ser usadas por você para que você tire o melhor proveito do que está comprando.
Por isso, buscar alternativas de compras baratas é, muitas vezes, um bom caminho para economizar. Hoje em dia com a internet é possível comparar preços de vários produtos, você pode inclusive acompanhar o histórico de preços de um item e até mesmo emitir um alerta para quando aquele produto tiver queda no preço para poder comprá-lo. Um site que faz isso é o Zoom!
Hospede pessoas na sua casa quando viajar
Se você é daqueles que gosta de passar longos períodos fora de casa, uma forma de ganhar uma grana extra é hospedando pessoas em sua casa. Com a popularidade de serviços como o AirBnb ficou cada vez mais fácil alugar espaços de diferentes preços e em várias cidades.
Claro que isso demanda planejamento, uma boa dose de desprendimento e você tem que estar disposto a fazer isso. Mas avaliar essa possibilidade pode fazer sentido para você.
Evite ir a shoppings, prefira passeios ao ar livre, longe de grandes centros comerciais
A ideia aqui não é contraindicar um shopping ou grandes centros comerciais. Mas que você entenda e tenha consciência de como eles funcionam. Ou seja: há diversos métodos de marketing, operacionais e chamarizes usados por estes lugares para vender. Assim, você pode ser fisgado e comprar itens por impulso que, muitas vezes, nem precisava. Quem nunca fez isso, né?
Por isso, se você quer só passear, por exemplo, muitas vezes é preferível evitar lugares em que o foco é prioritariamente vender. Desta forma você consegue evitar de cair nas armadilhas que estão lá prontas para levar seu dinheiro.
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Esse texto te ajudou?
Por fim, lembre-se de que a base para uma vida financeira saudável é a educação e o autoconhecimento. Ao entender a psicologia econômica e aplicar estratégias conscientes no seu dia a dia, você conseguirá equilibrar seus desejos e recursos de maneira eficaz. Ao fazer isso, estará no caminho certo para construir um futuro sólido e alcançar seus objetivos pessoais e profissionais. Não se esqueça de que pequenos hábitos podem fazer grandes diferenças no seu planejamento financeiro. Então, comece hoje a aplicar essas dicas e veja a mudança positiva acontecer!