Você provavelmente já cansou de ouvir sobre as transformações que a tecnologia causou na vida de todos. Um exemplo é a mudança que o 5G vai trazer para a educação.
Mas a verdade é que a sala de aula demorou a se adaptar a essas mudanças. Só agora tem se formado um novo modelo educacional, chamado de escola 3.0. Em outras palavras, é o modelo que busca integrar a escola ao constante uso da internet pelos alunos.
Todos sabemos que a forma tradicional de dar aula, com apenas quadro negro e giz já não é mais suficiente para atrair a atenção dos estudantes.
Mas além de ajudar a fisgar os alunos, a educação 3.0 também pode melhorar a absorção dos conteúdos e proporcionar uma experiência escolar que respeite o tempo de cada sujeito.
Ficou curioso para saber mais sobre as inovações e benefícios desse modelo? Neste artigo, vamos entrar em detalhes sobre o que é esse tipo de educação, quais suas vantagens e desvantagens e como implementá-lo em sala de aula!
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Antigos modelos de educação
Antes de explorar os diferenciais da escola 3.0, é importante conceituar os modelos anteriores. Afinal, o que são a educação 1.0 e 2.0?
Educação 1.0
A educação 1.0 foi um dos primeiros formatos desenvolvidos pela humanidade na Idade Moderna. Ele consistia, basicamente, em um professor que ensinava a um grupo pequeno de alunos ou até mesmo apenas um estudante.
Esse modelo existia, principalmente, numa época em que o conhecimento era restrito a um grupo muito pequeno de pessoas. Nesse momento da história, o ensino formal era acessível apenas a nobres, intelectuais e filósofos.
Mas com as mudanças provocadas pela Revolução Industrial e pelo início da Idade Contemporânea, tornou-se necessário aumentar o alcance das escolas. Por isso, surgiu um outro modelo.
Educação 2.0
A educação 2.0 foi o formato encontrado para universalizar o ensino, ou seja, para fazer com que ele alcançasse mais gente.
Essa necessidade surgiu pois havia um mercado de trabalho mais competitivo e era preciso que os trabalhadores tivessem um nível de escolaridade básico. Assim, as escolas passaram a ter um professor para um grande grupo de alunos. Possibilitando que as escolas recebessem muito mais pessoas.
Só que, para alcançar grandes grupos, as escolas também precisaram criar sistemas e padrões mais rígidos. E isso causou um aumento nas dificuldades de aprendizagem. Afinal, cada estudante possui um tempo e uma forma de aprender os conteúdos.
Então, da mesma forma que serviu para democratizar o acesso às escolas, a educação 2.0 também reduziu as instituições de ensino a um modelo engessado, com pouco espaço para a criatividade e para o desenvolvimento individual.
O que é escola 3.0?
Para solucionar esse problema da educação tradicional, surgiu a educação 3.0. Esse conjunto de técnicas e práticas se baseia na tecnologia e parte do pressuposto de que o conhecimento está muito mais acessível aos alunos.
Ou seja, o professor não é mais a única fonte de informação que os estudantes têm para aprender os conteúdos. Isso significa que a escola precisa se adaptar, garantindo mais liberdade no processo de aprendizagem. Um exemplo disso são os aplicativos que ajudam os estudantes a irem bem nas matérias, como a matemática.
Além disso, as novas tecnologias permitem acompanhar mais de perto o desenvolvimento de cada estudante, assim como abrem portas para mais criatividade em sala de aula.
Como a escola 3.0 funciona na prática?
É claro que ainda existem inúmeras barreiras para a implementação da escola 3.0 no Brasil. A falta de infraestrutura, por exemplo, é a mais comum. Afinal, muitas instituições mal contam com computadores para a equipe de funcionários ou professores suficientes para a quantidade de alunos. Mas já existem iniciativas pioneiras que adotam novas técnicas em sala de aula.
Uma das inovações que essa modalidade permite, por exemplo, é flexibilizar a divisão das séries. Antes divididas por idade, agora elas podem ser organizadas de acordo com a aprendizagem das crianças e adolescentes. Isso faz com que o estudante possa se desenvolver no seu próprio ritmo, de acordo com seus próprios interesses e habilidades.
Além disso, na maioria dessas escolas, o aluno tem mais autonomia para definir o quê e quando quer aprender. Com a ajuda da tecnologia, o professor serve como um guia, que indica vídeos, áudios e outros conteúdos online. Permitindo que o estudante tenha mais liberdade e absorva melhor os temas. Tudo isso, obviamente, seguindo as diretrizes do MEC.
Gamificação do ensino
Outra maneira de implementar a escola 3.0 é por meio da gamificação do ensino. Com jogos e atividades lúdicas, os alunos ganham pontos e conquistam níveis, como um videogame.
Assim, eles têm um estímulo a mais para estudar. Os jogos, inclusive, não precisam ser prontos. Cabe ao professor também colocar a criatividade para funcionar, adaptando e criando desafios para a turma. Tudo de acordo com as habilidades do grupo.
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Quais são as vantagens da escola 3.0?
Toda essa liberdade estimula a criatividade e ajuda aquelas pessoas que não se acostumam bem com o modelo de educação tradicional. Afinal, existem diversas formas de memorização e aprendizagem. E a escola tradicional, muitas vezes, ignora isso.
Inclusão
Alunos com déficit de atenção ou dislexia, por exemplo, tem formas de estudar diferentes dos demais. Isso não significa que eles não vão aprender. Apenas que precisam de outros mecanismos para estudar.
Dessa forma, a educação 3.0 é mais inclusiva e pode ser mais personalizada, de acordo com as necessidades especiais de cada um.
Conteúdos mais atrativos
Da mesma forma, diferentes técnicas de aprendizagem são úteis para atrair a atenção das crianças e adolescentes em uma época na qual eles recebem cada vez mais estímulos. Afinal, se até para os adultos fica difícil manter o foco, imagine só como é para os pequenos.
Por isso, a escola 3.0 dialoga com a tecnologia, em vez de ser uma inimiga dos celulares e computadores em sala de aula. Com o uso desses aparelhos, o aluno pode pesquisar mais sobre o assunto da matéria e se aprofundar naquilo que mais o interessou.
Estímulo às habilidades especiais
Todo mundo cresce com habilidades diferentes. Há quem goste mais de humanas ou de exatas. Quem seja melhor no desenho ou na robótica. Todas essas formas de conhecimento são válidas e devem ser estimuladas.
Com a escola 3.0, o aluno consegue se aprofundar mais em determinados temas que têm afinidade. Isso ajuda a criança ou adolescente a conhecer desde cedo suas habilidades, melhora a autoestima e até pode contribuir para um futuro mais bem sucedido!
Protagonismo do aluno
Por fim, vale ressaltar um benefício que também é um alicerce da educação 3.0: o protagonismo do aluno. Com todos esses estímulos, o estudante consegue tomar a frente e decidir quais caminhos gostaria de seguir. Isso ajuda muito a desenvolver pessoas mais seguras, com iniciativa e confiança naquilo que estão estudando.
Mas, como toda forma de educação, esse protagonismo precisa de alguns limites. Ele deve ser guiado pelos professores, que tarefas orientadas e responsabilidade. Ou seja, protagonismo e autonomia não são a mesma coisa que fazer o que quiser. A escola continua sendo um ambiente que precisa de respeito e que ensina as consequências de suas atitudes.
Desafios para a consolidação da escola 3.0
Porém, os gestores que quiserem implementar esse modelo de educação precisam prestar atenção. Não é somente introduzindo novas tecnologias na escola que a mudança se consolida. É preciso capacitar professores e estimular esse comportamento inovador nas práticas de sala de aula.
Da mesma maneira, outros elementos como a arquitetura da escola fazem toda diferença. Por exemplo, uma estrutura que estimule o ensino fora das paredes da sala é muito importante para romper com os padrões da escola tradicional.
Mas todos sabem das dificuldades estruturais que a maioria das escolas enfrenta no país. Portanto, o importante é focar em formar professores que tratem as tecnologias de maneira natural e dialoguem sobre elas com seus alunos.
Se você gostou de saber mais sobre a escola 3.0, então leia também sobre o programa Apple Education, criado por uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, para estimular a aprendizagem e a criatividade!
Um passo à frente: Educação 4.0
A educação 4.0 vem como tentativa de solucionar problemas do futuro. Do conceito inglês “Learning by Doing”, que significa “Aprender Fazendo”, refere ao ato de aprender por meio das experiências e de projetos concretizados ao longo das aulas.
Esse novo modelo pedagógico aplicado é uma preparação para as profissões do futuro. É a nova maneira de aprender na prática, tudo o que é passado na teoria. Essa experiência é super positiva no processo de aprendizagem, pois torna o aluno protagonista da aula, e o professor como facilitador de tal aprendizado. Valorizando a participação do aluno e prezando pelo desenvolvimento da sua criatividade, empatia e empreendedorismo, é uma proposta de que agora os alunos tenham liberdade para produzir e assim enriquecer seu conhecimento.