A importância da rede de apoio na educação inclusiva


Oferecer a possibilidade de aprendizado para todos. Essa é a missão da educação inclusiva. Só que isso significa adaptar o ambiente comum para receber qualquer individuo. Não excluir ou segregar pessoas de acordo com suas necessidades.

Escolas, faculdades e universidades vivem um momento de mudança. Afinal, a inclusão ganhou espaço na mídia, nas redes sociais e discursos. Mas colocar em prática essa teoria vai muito além da discussão. É algo que exige um projeto pedagógico, uma rede de apoio e a adaptação do conteúdo.  Falar sobre educação inclusiva é um começo, mas aqui você vai aprender como avançar na questão para isso virar realidade.

Definição de educação inclusiva

O Plano Nacional de Educação (PNE) considera público-alvo da educação inclusiva os alunos com deficiência (intelectual, física, auditiva, visual e múltipla), transtorno global do desenvolvimento (TGD) e altas habilidades.

Então, para estarem incluídas no ambiente acadêmico, essas pessoas precisam ter acesso ao que se chama de apoio de caráter especializado.

Neste contexto, está incluso o ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização, no caso da deficiência visual e auditiva. Além da mediação para o desenvolvimento de estratégias de pensamento, no caso da deficiência intelectual.

Assim como a adaptações do material e do ambiente físico, no caso da deficiência física. Ou ainda as estratégias diferenciadas para adaptação e regulação do comportamento, no caso do transtorno global. Por fim, tem a ampliação dos recursos educacionais e aceleração de conteúdos para pessoas com altas habilidades.

Adaptação do projeto pedagógico

Antes de você entender quais mudanças precisam estar propostas no projeto pedagógico. Vamos definir aqui o conceito dele. Afinal, nem todas as instituições de ensino tem a mesma visão ou diretriz com relação a ele.

Então, saiba que o projeto pedagógico busca uma direção, um caminho a ser seguido. Ele é uma ação intencional com um compromisso definido coletivamente, pela comunidade escolar na busca da sua identidade.

Ele é compreendido como plano global da instituição ou o projeto educativo. É um instrumento teórico-metodológico feito para construir para a organização do conhecimento escolar.

É no projeto pedagógico que a escola, faculdade ou universidade se posiciona em relação ao seu compromisso com uma educação de qualidade e feita para todos. Aqui a instituição deve valorizar os alunos, especiais ou não. Sendo assim, a escola deve assumir o compromisso de oferecer ações que favoreçam a aprendizagem dos estudantes de modo geral.

Isso inclui as pessoas com deficiência ou necessidades educacionais especiais. Portanto, fazer adaptações curriculares optando por práticas heterogenias e inclusivas e essencial nesse processo de montagem do projeto pedagógico.

Para se ter uma ideia, nesse material deve conter mudanças que são imprescindíveis, como: reestruturação física, com a eliminação das barreiras; introdução de recursos e de tecnologias assistivas e a oferta de profissionais do ensino especial que possam ser em número insuficiente; adaptação da grade curricular com recursos e conteúdos que respeitem as individualidades; e projetos e ações de apoio e conscientização da comunidade acadêmica para recepção das pessoas com deficiência.

Portanto, ter a compreensão e incorporação desses serviços na escola regular são necessárias alternativas relativas à organização, ao planejamento e à avaliação do ensino.

Rede de apoio para educação inclusiva

Além de adaptações e previsões no projeto pedagógico, é preciso que a comunidade escolar esteja adaptada. A escola, incluindo todo o grupo de professores de todas as matérias e níveis educacionais, a direção, equipe de suporte, de administração. Nem mesmo o time de manutenção operacional, incluindo a limpeza e alimentação está excluída dessa rede de apoio.

O envolvimento desses profissionais garante ao professor um ambiente onde é possível comparar experiências, atuar em conjunto e discutir.

Ou seja, para o profissional que está na linha de frente, direto com o aluno com deficiência, essa rede de apoio é fundamental. Do ponto de vista operacional e pedagógico, os medos, anseios, sucessos e fracassos das práticas aplicadas, de forma a melhorá-las, depende de toda essa comunidade.

Juntos, todos poderão entender, respeitar e apoiar o aluno e o professor. Reconhecer os limites e respeitar a individualidade é algo fundamental e que deve ser capacitada em toda essa rede de apoio. Afinal, garantir,  continuamente e não apenas a formação da equipe, é um grande passo para o sucesso e desenvolvimento real dos alunos.

Nessa rede de apoio também estão incluídos os profissionais da saúde que trabalham com o aluno. Podem ser os médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, psicoterapeutas, nutricionistas, psiquiatras, especialistas em comunicação alternativa, Braille ou Libras e afins.

O envolvimento desses profissionais garante ao professor a capacidade de melhor compreender os desafios e talentos de seus alunos. Dessa forma, permite uma melhor adequação de recursos e um alinhamento com quaisquer tratamentos paralelos. Assim, o profissional tem uma visão e um desenvolvimento global do aluno que é aperfeiçoado em várias frentes de maneira.

Ambientes físicos

As salas multifuncionais onde será conduzido, de fato, o atendimento ao aluno com deficiência também pode ser encarada como uma rede de apoio. Afinal, a realização desse atendimento garante ao professor que o aluno terá acesso a materiais, ferramentas, conteúdos e técnicas especiais. Além disso, esse aprendizado extra pode ser usado em sala de aula para garantir seu desenvolvimento e inclusão real na turma. Sempre possibilitando cada vez mais a interação e integração do aluno com o grupo onde ele se insere e na sociedade.

Sendo assim, o envolvimento de toda a rede de apoio garante ao professor e também ao aluno com deficiência uma janela externa a seu trabalho. Dessa forma, é possível verificar, na prática, os resultados de cada atividade conduzida em sala de aula. Além de saber como ela se traduz, realmente, no dia a dia do aluno.

Família

A família e amigos do aluno, com seu conhecimento profundo das necessidades especiais dele, precisam estar presentes. É necessário incluir essa rede, em algumas vezes, externa à comunidade escolar.

Afinal, ela também vai apoiar nos anseios, conquistas e quaisquer dificuldades temporárias que o estudante possa vivenciar. É preciso considerar aqui todas as possibilidades, não só as pedagógicas. Estamos falando em um primeiro interesse romântico, novas amizades, rompimento de amizades antigas. Além de mais íntimos, como os falecimentos na família, novas atividades externas à escola, problemas de saúde decorrentes ou não da deficiência.

A família compõe a rede de apoio como a instituição primeira e significativamente importante para a escolarização dos alunos. É a fonte de informações para o professor sobre as necessidades específicas da criança. É essencial que se estabeleça uma relação de confiança e cooperação entre a escola e a família, pois esse vínculo favorecerá o desenvolvimento da criança.

Adaptação do conteúdo para educação inclusiva

Primeiro é preciso organizar o ambiente. Significa inserir o aluno com deficiência no contexto geral. Não excluir, apenas adaptar e, se necessário, respeitando as individualidades dele. Além disso, tem a organização didática da aula. Como os conteúdos e objetivos de interesse do aluno

Com relação ao conteúdo, é preciso definir prioridade de áreas e conteúdos de acordo com critérios de funcionalidade. Sempre dando ênfase nas capacidades, habilidades básicas de atenção, participação e adaptabilidade dos alunos.

Depois, fazendo uma sequência gradativa de conteúdos, do mais simples para o mais complexo. Além disso, considerando uma previsão de reforço de aprendizagem como apoio complementar. Assegurando ainda conteúdos básicos e essenciais em detrimento de conteúdos secundários e menos relevantes.

Quando se fala em procedimentos didáticos e atividades de ensino-aprendizagem, estamos – remetendo à alteração e seleção de métodos. Quer dizer às atividades complementares, prévias e alternativas, aos recursos de apoio, à alteração dos níveis de complexidade da tarefa, à seleção e adaptação de material.

É preciso ser flexível no que se refere à duração e ao período das atividades propostas, por exemplo. Cada aluno terá o seu momento e o seu processo de desenvolvimento.

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