Você já ouviu falar sobre senso comum? Vamos explicar tudo e deixar claro a diferença entre senso comum, senso crítico e conhecimento científico. Além disso, vamos falar sobre as principais características do senso comum e dar alguns exemplos sobre senso comum.
Conhecimento tem sua definição clássica feita por Platão e consiste em uma crença verdadeira e justificada. Aristóteles dividiu o conhecimento em três áreas: científica, prática e técnica.
De uns anos pra cá, novas formas de conhecimento têm se tornado disponíveis. Com o avanço científico e tecnológico é possível encontrar o método científico e o senso comum. O senso comum é conhecido como conhecimento popular, enquanto o conhecimento científico é tratado como ciência. Ou seja, o conhecimento do senso comum é construído em situações e repetições do cotidiano.
Conheça mais sobre as diferenças entre eles, onde e por que eles são aceitos e qual o peso de cada um na sua rotina de estudo.
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O que é senso comum?
O senso comum surge a partir da observação e repetição e é formado por hábitos, preconceitos e tradições. Ele não tem nenhuma comprovação ou teste que garanta sua veracidade. Por incrível que pareça, comumente passado de geração para geração ele está presente no nosso dia a dia.
Embora seja transmitido pela experiência de um grupo de pessoas, não se pode garantir a validade ou invalidade das informações. O senso comum pode não estar ligado a religião, no entanto é comparado a crenças. Essas crenças podem ser verdadeiras – mas ainda não provadas – falsas, ou verdades desconhecidas e mesmo assim são aceitas e compartilhadas.
Muitas vezes o senso comum está vinculado ao ponto de vista de um indivíduo, ou seja, parte de um conhecimento específico e particular que pode não ser validado. Correto ou não, podemos afirmar que o senso comum não é tão confiável quanto o conhecimento oriundo da ciência, no entanto não devemos desconsiderá-lo. Mesmo que seja um conhecimento não comprovado por meio de métodos reconhecidos, isso não quer dizer que ele não está certo.
Podemos dizer que o senso comum vai depender muito das pessoas e momento em que ele é concebido. Ele costuma ser subjetivo e envolve sentimentos.
Exemplos de senso comum
Confira abaixo alguns exemplos de senso comum para você entender melhor o conceito:
- Por muitos anos consideramos a Terra como centro do universo e dizíamos que vivíamos em sistema geocêntrico;
- Cortar o cabelo na lua crescente faz ele crescer mais rápido. Este é um exemplo de uma crença vinda dos mais antigos. Não existe estudo científico que comprove esse fato, mas existe a crença de que isso é verdade;
- O número 13 é considerado um número de azar, principalmente quando cai na sexta-feira. É uma crença que foi fixada, mas nunca teve comprovação.
Características do senso comum
Em resumo as principais características do senso comum são:
- transmitido de geração para geração;
- é subjetivo e reflete sentimentos e opiniões;
- considera experiências do cotidiano;
- aprendizado informal;
- expressa uma avaliação qualitativa.
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O que é conhecimento científico?
O conhecimento científico, mais conhecido como ciência, é construído e adquirido por meio de pesquisas. Extremamente valorizado e reconhecido, o conhecimento científico tem que ser comprovado a partir de experimentos e procedimentos de verificação. Uma pesquisa científica gera conclusões que foram testadas e devem tornar os métodos e resultados públicos para uma possível reaplicação.
Conforme Aristóteles, o conhecimento científico resulta das causas pelas causas, isso quer dizer que é um conhecimento capaz de ser repetido ou demonstrado.
Basicamente, as teorias construídas precisam descrever de forma completa um conjunto de fenômenos e por último precisam disponibilizar uma conclusão sobre o fatos que foram propostos. É por isso, que o conhecimento científico exige que seus resultados sejam comprovados de forma quantitativa, o que ajuda a entender por que os fenômenos existem ou acontecem.
Não depende de observação nem de experiências individuais. O conhecimento científico é objetivo e costuma usar linguagem rebuscada. Com isso, a ciência acaba se opondo ao senso comum, pela necessidade de comprovação de teorias oriundas de estudos e pesquisas. Embora seja comprovado, é um conhecimento provisório visto que ao ser testado com frequência pode ser reformulado.
Através dos exemplo abaixo fica mais fácil entender o que é conhecimento científico:
- curas para doenças;
- aparelhos que nos ajudam nas tarefas;
- viagens espaciais;
- intervenções cirúrgicas.
As principais características do conhecimento científico são:
- conhecimento objetivo, metódico e demonstrável;
- tem sua veracidade comprovada;
- baseado na observação, pesquisa e formulação de hipóteses;
- se destina a decifrar processos de uma ideia ou teoria usando métodos científicos.
Até a idade média a religião era quem determinava o que era verdade e era quem possuía todas as explicações sobre todos os fenômenos. Atualmente a ciência ocupou o lugar da religião.
Senso crítico x senso comum
Outro termo que muitas vezes é confundido com o senso comum é o senso crítico. Na verdade, diferente do senso comum, o senso crítico é quando utilizamos a razão para ir justamente contra o senso comum. Ou seja, quando não se aceitam verdades sem antes serem estudadas e questionadas. Em outras palavras, tem senso crítico quem exercita a capacidade de avaliar, discernir e refletir sobre as situações.
Quanto mais a pessoa tem vivências culturais, acesso a bons livros, a bons conteúdos, mais ela tem capacidade de perceber o mundo a sua volta com uma visão mais ampla. Quanto mais percepção, maior o senso crítico e menos ela terá uma opinião limitada, baseada em apenas uma fonte.
Portanto, enquanto o senso crítico é quando pensamos à respeito de algo, refletimos antes de agir, o senso comum é o praticamente o contrário.
Senso comum e a relação com a filosofia
O senso comum sempre foi um tema presente entre os grandes filósofos da nossa história, como Sócrates, Platão e Aristóteles. Na filosofia clássica, por exemplo, é um tema muito ligado à condição humana, com referência ao sofrimento e à dor. A partir destes sentimentos é que se desenvolveu a capacidade de pensar e refletir sobre a existência. Além disso, levar em conta que o ser humano pode ser acometido a qualquer momento por tragédias. Por essa razão as experiências passadas são importantes para prevenção e aprendizado.
Nesse sentido, o senso comum era entendido como um conjunto de experiências acumuladas ao longo de vivências pessoais. No entanto, a partir do Renascimento, esse conceito perdeu valor e passou a dar mais espaço ao senso crítico e à ciência, que podem ser medidos e explicados.
Cultura e senso comum
Senso comum e cultura tem muitas relações. Na prática, a cultura ajuda a disseminar e fortalecer o senso comum, à medida em que produz a repetição de conceitos e práticas. Ou seja, essa repetição, ao final, torna-se um conhecimento popular. Por essa razão, a cultura é um dos principais elementos que formam o senso comum.
Senso comum ou conhecimento científico: 5 dicas de como usar
Agora que você entendeu a diferença entre senso comum e conhecimento científico, é hora de entender quando aplicar cada um, principalmente na hora de escrever uma redação.
Quem quer garantir uma boa nota nas provas de vestibular, Enem ou em concursos públicos já sabe que usar só o contexto do senso comum não basta. Não existe fórmula mágica e nem receita de bolo, mas existem algumas dicas que podem salvar você na hora de escrever.
1. Não construa argumentos em cima de padrões comuns
Evite construções padronizadas de textos que são específicos da introdução ou conclusão em uma redação. Não tenha comportamentos comuns e evite usar citações conhecidas ou expressões mais banalizadas. Seja criativo, busque ser disruptivo e fugir do padrão para não ser mais um. Mais de 2 milhões de estudantes são modelos de texto justamente por serem inovadores.
2. Referencie autores apenas se eles tiverem relação com o tema
Use referências de autores, filósofos ou pesquisadores apenas se eles estiverem ligados ao tema proposto. Não tente adaptar Freud em um tema que não tenha relação direta com a especialidade do autor. Usar especialistas de forma inapropriada, apenas para parecer argumentativo pode fazer você perder nota na avaliação. Ao mesmo tempo evite criar ideias soltas e frases que não configurem uma relação direta. Evite ao máximo escrever sem contexto apenas para ter volume.
3. Saia do senso comum usando referências comprovadas
Lembre sempre de argumentar seu texto usando referências relacionadas ao seu raciocínio. Dessa forma você, além de enriquecer seu texto, consegue corroborar as suas ideias tornando sua redação mais embasada. Se possível traga resultados de pesquisas ou estudos que você conhece ou leu.
Antes de qualquer coisa, seja ousado. Além de pensadores, autores e filósofos conhecidos, também pode se usar artigos, filmes, séries e documentários. Se você é fã de Netflix, por exemplo, use ele a seu favor e procure conteúdos que enriqueçam seu repertório para possíveis temas de redação.
4. Estude, leia e pesquise bastante
Esteja sempre antenado ao que vem acontecendo no mundo. Acompanhe as notícias em sites de confiança e evite cair nas fake news. Se cadastre em newsletter que vão te ajudar a saber sobre temas relevantes. Procure livros mais científicos que vão ajudar a criar argumentos com dados e fatos. Use fontes que costumam divulgar resultados de pesquisas sobre temas que te interessem, com certeza você vai gravar informações que te interessam e poderão ser aplicadas em uma redação.
5. Use um rascunho para listar suas ideias
Após conhecer o tema que você precisa dissertar, use uma folha rascunho e elenque tudo que veio na sua mente em um primeiro momento. Faça uma lista, um mapa mental, mas não perca nenhuma ideia. Anote autores, eventos, filmes, qualquer coisa que você lembre e que podem servir de gancho quando você começar a escrever. Use exemplos reais e situações que você mesmo viveu e que podem ilustrar seu argumento. Relacionar o tema a ações e situações reais vão tornar seu texto mais pessoal e menos genérico e padrão.
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Cursos de graduação que abordam senso comum
Se você tem interesse em se aprofundar nos estudos sobre senso comum, senso crítico e conhecimento científico, não só para provas do Enem ou Vestibular, mas em uma profissão, um caminho é iniciar por cursos de graduação que exploram o tema. Abaixo separamos algumas opções de cursos oferecidos na plataforma Vai de Bolsa que em suas grandes de disciplinas abordam o estudo do senso comum e do pensamento crítico. Confira:
Senso comum: entendeu o conceito?
Em resumo, você precisa pensar fora da caixa e trazer o discurso para outro ângulo pensando o que muitos não pensariam. Se mantenha sempre bem informado, crie hábitos para adquirir conhecimentos diários, uma hora por dia, por exemplo. Converse bastante com as pessoas e ouça o que elas têm a dizer sobre acontecimentos e notícias do mundo. Acompanhe fatos sobre problemas culturais, políticos e debates. Treine sua escrita e comunicação. Com essas dicas infalíveis você vai conseguir usar o senso comum e o conhecimento científico a seu favor.
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