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Claudia Goldin e o prêmio Nobel de Economia: veja os detalhes!

Aos 77 anos, Claudia Goldin é a terceira mulher da história a receber o prêmio Nobel de Economia. Confira detalhes do seu trabalho!

Nascida em 14 de maio de 1946, Claudia Goldin foi a primeira mulher nomeada à assumir a liderança do departamento de Economia de Harvard no ano de 1990. Hoje, é a terceira mulher a conquistar o prêmio Prêmio Nobel de Economia 2023, ao longo dos 55 anos de história da premiação. Essa é uma das honras mais prestigiadas e reconhecidas internacionalmente, e é concedida a indivíduos e organizações em diversas categorias!

Acompanhe a seguir mais detalhes sobre a vida de Claudia Goldin, o trabalho que a levou até a premiação e entenda mais sobre como funciona o Prêmio Nobel.

Quem é Claudia Goldin

Com 77 anos de idade, Claudia Goldin é uma grande economista norte-americana, e professora de história do mercado de trabalho na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Em sua vida particular, tem como hobby o estudo das aves (ornitologia), caminhadas e cães. É casada com Larry Katz, também economista, e tem um Golden Retriever chamado Pika.

Dentre o seu extenso currículo acadêmico, ela conta com:

  • PhD em economia pela Universidade de Chicago 
  • Foi diretora do Grupo de Estudos de Gênero na Bureau Nacional de Pesquisa Econômica (NBER) durante o período 1989 a 2017, atualmente ela é codiretora do programa. O NBER é uma organização sem fins lucrativos que recebe incentivo governamental e privado para desenvolver pesquisas econômicas e impulsionar o crescimento econômico global.

Através do perfil dela na Harvard, você consegue visualizar mais detalhes da sua trajetória acadêmica e profissional: https://scholar.harvard.edu/goldin/biocv

Ao longo da sua trajetória, ela já escreveu sobre escravidão, educação e corrupção. Até que, em 1970, durante a segunda onda do movimento feminista, ela percebeu que não haviam pesquisas que analisavam a relação entre mulheres e trabalho, e foca os seus esforços em analisar e levantar dados para entender as diferenças salariais entre homens e mulheres.

Em um breve depoimento, ela diz: “Este trabalho me ocupou durante algum tempo, mas por volta de 1980 percebi que faltava alguma coisa. Estava negligenciando o membro da família que iria experimentar a mudança mais profunda a longo prazo – a esposa e a mãe. Negligenciei-o porque as fontes fizeram isso. As mulheres estavam nos dados quando jovens e solteiras e muitas vezes quando viúvas, mas suas histórias eram pouco escutadas depois que se casavam”.

Confira a seguir os detalhes do trabalho que levou-a até a premiação!

O que levou Claudia Goldin a ganhar o prêmio Nobel da Economia?

O trabalho de Claudia Goldin foi sobre as mulheres no mercado de trabalho e a desigualdade salarial.

Claudia Goldin conduziu uma extensa pesquisa, analisando mais de dois séculos de dados sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho dos Estados Unidos. Para sua surpresa, sua análise revelou que essa participação não seguiu um padrão linear, mas sim uma curva em forma de “U”.

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Ela separou essa curva em 5 períodos:

  • 1900-1920: Durante este período, apenas um pequeno grupo de mulheres altamente qualificadas se viu diante da decisão de optar entre carreira e família. Surpreendentemente, menos de um terço das mulheres empregadas tinham filhos nesse período.
  • 1920-1940: A Grande Depressão teve um impacto significativo, forçando muitas mulheres a abandonar seus empregos para se dedicarem à criação de suas famílias.
  • 1940-1960: Pressionadas pela sociedade a serem mães, muitas mulheres só retornaram ao mercado de trabalho após criar seus filhos, enfrentando perspectivas profissionais limitadas.
  • 1970 e 1980: O surgimento da pílula anticoncepcional nas décadas de 1970 e 1980 permitiu que as mulheres dessa geração priorizassem suas carreiras, resultando em mais de um quarto delas nunca tendo filhos.
  • 1980 em diante: A geração mais recente tentou equilibrar carreira e família, contando com avanços na tecnologia de reprodução assistida, mas ainda enfrentou desigualdades salariais e desafios na igualdade de gênero nas relações profissionais.

Claudia Goldin também destacou o papel crucial da disponibilidade da pílula anticoncepcional no impulsionamento da participação feminina no mercado de trabalho, uma vez que ofereceu maior controle sobre o planejamento de carreira e vida.

Quais foram as descobertas de Claudia Goldin?

Apesar das oportunidades oferecidas pela contracepção, a maternidade ainda pode contribuir para a perpetuação das disparidades de gênero no mercado de trabalho, devido às barreiras presentes que dificultam o avanço profissional das mães.

Que barreiras são essas?

  • A tendência feminina pela priorização da família tem impactos negativos em suas carreiras

O fenômeno do “greedy work” – emprego voraz, em tradução literal – que recompensa funcionários que estão sempre disponíveis, é um dos principais contribuintes para a desigualdade de gênero no ambiente de trabalho. Em outras palavras, aqueles que estão dispostos a trabalhar a qualquer hora, incluindo noites, fins de semana e feriados, e que permanecem no escritório após o horário normal, recebem as maiores recompensas.

Quando essas recompensas são desproporcionais ao tempo investido – chegando ao ponto em que aumentar as horas de trabalho pode resultar em ganhos proporcionais ou até maiores – aqueles que não conseguem se comprometer com jornadas extensas ou disponibilidade constante sofrem as consequências. Dado que as mulheres geralmente têm responsabilidades adicionais relacionadas ao trabalho doméstico e à família, elas acabam recebendo menos em seus empregos e enfrentando atrasos em suas carreiras.

  • A desigualdade de gênero no mercado de trabalho se acentua após a maternidade

Ainda segundo sua pesquisa, Claudia Goldin revela que a diferença salarial entre homens e mulheres aumenta significativamente após o nascimento do primeiro filho. Além disso, esse evento muitas vezes leva as mulheres a fazerem mudanças em suas carreiras. Muitas mães optam por reduzir suas jornadas de trabalho, tirar licenças após o parto ou buscar empregos com maior flexibilidade. Em outras palavras, elas investem em caminhos profissionais que permitem acomodar suas responsabilidades familiares, prejudicando menos suas carreiras. Essa mudança significativa após o primeiro filho explica por que as mulheres continuam enfrentando desvantagens em suas carreiras por pelo menos uma década após a maternidade.

  • O papel crucial da contracepção no avanço das carreiras femininas

Como historiadora da economia do trabalho, Goldin concluiu que a criação e a disponibilidade da pílula anticoncepcional desempenharam um papel fundamental no aumento da educação e experiência profissional das mulheres, permitindo que adiassem a formação de famílias. Embora tenha sido aprovada pela FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA) em 1960, a pílula só se tornou amplamente acessível para as mulheres solteiras no final dos anos 1960. Os dados analisados no estudo de Goldin mostram que a porcentagem de mulheres na faculdade aumentou de 10% em 1970 para 36% em 1980. Além disso, as mulheres passaram a se casar mais tarde, com menos de 30% das nascidas em 1957 se casando antes dos 23 anos, enquanto a porcentagem era quase 50% para as nascidas em 1950.

  • O desenvolvimento econômico não resultou em maior participação feminina na força de trabalho nos últimos 200 anos

Em uma de suas descobertas mais notáveis, Goldin concluiu, em seu livro “Understanding the Gender Gap” (Compreendendo a Lacuna de Gênero, em tradução literal), que o desenvolvimento econômico global não levou a uma maior representação feminina em empregos remunerados e muito menos a uma redução na disparidade salarial de gênero. Os números revelam que a proporção de mulheres na força de trabalho no século 18 era semelhante à proporção no final do século 20, diminuindo no século 19 com a industrialização, que tornou mais difícil para as mulheres trabalharem em casa. O aumento na participação feminina só ocorreu com a ampla disponibilidade da pílula anticoncepcional no final dos anos 1960, à medida que as mulheres ganharam a capacidade de planejar suas carreiras em conjunto com suas vidas familiares.

Ao mesmo tempo, seguindo essa linha de raciocínio, a pesquisa de Goldin também revelou que a diferença salarial entre homens e mulheres era menor durante a Revolução Industrial (1820 a 1850), quando havia uma alta demanda por trabalhadores nas fábricas, em comparação com o período entre 1930 e 1980, quando a continuidade na carreira sem interrupções devido à gravidez passou a ser mais valorizada pelo mercado. A pesquisadora também destacou, em 2010, que a redução nas horas de trabalho devido à maternidade era um dos principais contribuintes para a disparidade salarial de gênero.

  • O trabalho flexível pode ser uma ferramenta para promover a igualdade de gênero no local de trabalho

Dado que a disponibilidade para o trabalho é um dos principais critérios valorizados pelos empregadores, aqueles que têm flexibilidade frequentemente recebem compensações desproporcionais em comparação com aqueles que não podem trabalhar fora do horário comercial. Portanto, quando as empresas oferecem flexibilidade aos seus funcionários, isso pode reduzir as desvantagens enfrentadas pelas mulheres que precisam equilibrar suas responsabilidades familiares e também incentivar os homens a assumirem papéis de cuidado.

No entanto, Goldin reconhece que as empresas precisam investir em uma cultura organizacional que apoie a flexibilidade dos funcionários, embora o avanço tecnológico e as mudanças nos modelos de trabalho durante a pandemia tenham impulsionado a flexibilidade. Infelizmente, muitas empresas ainda não estão dispostas a adotar essa abordagem.

“Se você pode realizar uma reunião de negócios com um cliente em Tóquio ou Pequim sem viajar, o funcionário que precisa estar em casa à noite pode fazer isso – e, na maioria das vezes, esse funcionário é uma mulher”, observou a economista em uma entrevista à Harvard Business Review. “O número de horas de trabalho permanece o mesmo, mas o funcionário tem mais controle sobre seu tempo livre, como quando coloca os filhos para dormir ou tem um jantar em família”.

Qual foi o prêmio conquistado?

Além da honra e do reconhecimento global pela contribuição que o detalhado estudo de Claudia Goldin trouxe para o mundo, ela foi reconhecida também com o prêmio de 11 milhões de coroas suecas, o equivalente a mais de 5 milhões de reais.

A importância da profissionalização feminina

A própria Claudia Goldin é a prova de que a busca pela profissionalização oferece às mulheres poder para enriquecer a diversidade de perspectivas e abordagens, levando a melhores soluções para os desafios globais.

Também desempenha um papel importante na promoção da igualdade de gênero, no desenvolvimento econômico, na busca pelo equilíbrio entre trabalho e família, no empoderamento das mulheres e nas contribuições para a sociedade como um todo. É um passo crucial para criar um mundo mais igualitário e diversificado.

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