Ser jornalista: entenda como funciona a área e as competências

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Para ser jornalista precisa de faculdade? Essa é uma pergunta recorrente feita por quem sonha em ingressar na área. Na verdade, nos últimos anos, ser jornalista tornou-se uma tarefa árdua. Em primeiro lugar, por conta do enxugamento de postos de trabalho em redações de veículos tradicionais como jornais, televisões e rádios. Em segundo lugar, a discussão sobre a não obrigatoriedade do diploma de jornalismo é sempre uma nuvem carregada que paira na cabeça desses profissionais. Sobre esse último ponto, a verdade é que, legalmente, não é necessário diploma. No entanto, pode ter certeza: para o mercado de trabalho, é um pré-requisito básico.

Ultimamente, o jornalista profissional está em processo de mutação para o mundo digital. Em outras palavras, as áreas de atuação vão muito mais além do que a imprensa convencional. Ser jornalista, hoje, é estar apto a trabalhar com marketing digital, produção de conteúdo multiplataforma, comunicação de empresas e organizações, entre outras áreas. Em outras palavras, saber assimilar a revolução tecnológica é uma das competências básicas do profissional do futuro dentro do jornalismo.

Em todos os casos, o diploma de graduação em instituições de qualidade são fundamentais para se destacar no mercado. Neste post, vamos explicar melhor porque a questão da não obrigatoriedade do diploma de jornalista para atuar no Brasil gera tanta polêmica. Além disso, vamos citar alguns motivos para ser jornalista e ainda as principais características do jornalista do futuro.

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Mas o que se aprende na graduação em jornalismo?

Antes de aprofundar na questão da obrigatoriedade ou não do diploma, é preciso conhecer melhor o curso de jornalismo para formar uma opinião a respeito, ou o que é preciso saber para ser um jornalista. Essa formação tem na essência o estudo da comunicação, além de muitas disciplinas práticas. Faz parte dos cursos da área de Comunicação Social.

No jornalismo, o estudante terá disciplinas mais teóricas como filosofia, semiótica, sociologia e até psicologia, mas também aulas de redação de texto para rádio, televisão, internet, entre outros meios de comunicação. O interessante é que cada veículo de comunicação tem uma linguagem, ou um “jeito” de se comunicar com o público. É justamente o jornalista que tem a habilidade técnica necessária para realizar essa atividade.

Mas qual deve ser o perfil de um jornalista? Após a formação, o jornalista pode trabalhar em redações da imprensa tradicional, como rádio, jornal e televisão. No entanto, uma área em franco crescimento entre esses profissionais está no ambiente digital. Esse profissional está apto a trabalhar com marketing digital, por exemplo. Ou em qualquer tipo de produção de conteúdo para sites e blogs.

Existem muitas instituições de ensino de qualidade que oferecem o curso de jornalismo, tanto pública como particulares. O curso tem em média 4 anos de duração e também pode ser encontrado em universidades públicas.

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Mercado de trabalho para o jornalista

Abaixo listamos alguns motivos bem interessantes para quem pretende ser jornalista, e que conversam com as possibilidades de atuação no mercado de trabalho:

  • Possibilidade de viajar com frequência a lugares diferentes para fazer reportagens e coberturas;
  • Rotina sem repetição, pois o jornalista tem sempre uma pauta diferente para fazer, principalmente, quem trabalha em redação de veículos tradicionais;
  • Jornalista entende muito de escrever. Ou seja, domina a língua portuguesa, porém, deixa a desejar na matemática;
  • Estar em contato com pessoas e culturas diferentes e tempo todo;
  • Aprender de tudo um pouco, pois é preciso entender sobre o assunto do qual está escrevendo, mesmo que de forma generalista;
  • Saber em primeira mão de informações antes de ser repassadas ao público;
  • Ficar por dentro do funcionamento da sociedade como um todo, das instituições políticas do país, do Estado e do município;
  • Um jornalista, em uma notícia, deve ser sempre imparcial, porém, pode também emitir opinião e ser um influenciador dentro de blogs ou colunas específicas.

Por essas razões, vagas no mercado de trabalho não faltam para os jornalistas, devido à amplitude do campo de atuação, muito além das redações de jornais ou televisões.

Para você ter uma ideia, atualmente, o universo digital oferece mais oportunidades para jornalistas profissionalmente. Você também pode fazer parcerias com publicitários, relações públicas e outros profissionais da comunicação para fazer um trabalho ainda mais qualificado e assertivo.

Para ser jornalista precisa ou não ter diploma?

É justamente essa questão que vamos tentar explicar a partir de agora. Em resumo, no Brasil, não é obrigatório ter o diploma de graduação em jornalismo para exercer a profissão. No entanto, é recomendável. Principalmente, para quem procura espaço no mercado de trabalho e nas empresas mais procuradas nesse ramo.

Sob essa ótica, a graduação é fundamental para ser jornalista pois dará as ferramentas e conhecimentos fundamentais para realizar as atividades de forma plena e profissional. No entanto, o debate entre a obrigatoriedade ou não do diploma de jornalista já atravessa décadas. Nos últimos meses, a questão voltou à tona, por conta do contexto político.

É preciso entender que há argumentos contra e favoráveis ao diploma de jornalista. Em resumo, quem acha indispensável a obtenção do diploma defende que a formação garante a qualidade do profissional. Além disso, contribui para o reconhecimento profissional e também para a segurança de negociações trabalhistas com as empresas empregadoras. Ou seja, fortalece a classe de profissionais.

Por outro lado, quem se posiciona contra o diploma considera a ideia de liberdade de expressão. Em outras palavras, que qualquer pessoa pode se expressar publicamente. Ou seja, sem a necessidade de ter uma formação superior para isso. Outro argumento é que muitos profissionais de comunicação que já atuam a muito tempo na área não possuem diploma de jornalismo.

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Como tudo começou

Como frisamos até aqui, esse assunto está longe de ser pacificado. Se você quer ser jornalista, é importante conhecer como tudo começou, em uma linha histórica. Entre os fatos mais recentes, citamos o ano de 2009, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a obrigatoriedade do diploma de jornalista. No plenário do órgão, foram oito votos a um dos ministros a favor da medida.

Na época, o relator do processo foi o ministro Gilmar Mendes. Para ele, a exigência do diploma de jornalista para atuar profissionalmente na área não está autorizada pela Constituição. Em seu relato, o ministro defendeu que um jornalista graduado não significa mais qualidade profissional. “A formação específica em cursos de jornalismo não é meio idôneo para evitar eventuais riscos à coletividade ou danos a terceiros.”, disse, na época, conforme notícias na imprensa.

No seu voto, naquela ocasião, ficou famosa entre os profissionais da área uma fala que comparou a profissão de jornalista com a de chefe de cozinha. Para Gilmar Mendes, um bom chefe de cozinha poderá ter formação de culinária, no entanto, isso não pode ser exigência de que qualquer refeição seja feita por um profissional registrado na área.

Argumentos favoráveis ao diploma

O único ministro a votar pela obrigatoriedade do diploma foi Marco Aurélio de Mello. Para ele, o jornalista deve ter uma formação básica que viabilize sua atividade profissional. Pois essa atividade, nas palavras do ministro, tem impactos na vida do cidadão em geral.

Na época, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) também endossou o argumento favorável à exigência do diploma. Para a Fenaj, a obrigatoriedade não impede nenhuma pessoa de escrever para qualquer veículo como colaborador, por exemplo. No entanto, é necessária para atuar em período integral a profissão de jornalista.

Como está agora a situação do diploma

Depois do embate de 2009, o Senado aprovou em 2013 alterações na Constituição que garantiriam a exigência do diploma na área. Essas alterações ainda estão em discussão no parlamento. No entanto, outros movimentos no poder judiciário e também do executivo têm interferido na exigência do diploma.

Em 2019, por exemplo, o presidente da República editou a Medida Provisória 905. Essa MP revogou artigos do decreto-lei que regulamenta a profissão de jornalista. Com isso, o registro profissional deixou de ser obrigatório no país para o exercício da função. Ou seja, algo que vai além da exigência do diploma. Assim, qualquer pessoa pode atuar como jornalista, tendo formação ou não.

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Aspectos do jornalista para o futuro

Independente da questão da obrigatoriedade do diploma, quem pretende ser jornalista deve estar antenado nos avanços da revolução tecnológica na área da comunicação. No entanto, algumas qualidades ou características básicas fazem parte de um bom jornalista:

  • Curiosidade: um bom jornalista vai atrás da informação como ninguém, apura fatos, busca fontes, procura detalhes e sempre está atualizado das novidades;
  • Persistência: um jornalista nunca desiste de conseguir a informação, nem que seja preciso falar com o papa! Para buscar utilidade para o público, o jornalista deve sempre consultar as fontes oficiais e buscar as versões de um fato, com proatividade;
  • Persuasão: para conseguir uma informação, o jornalista por vezes utiliza seu poder de persuasão junto à fonte. Ou seja, sabe conduzir uma entrevista para extrair uma informação exclusiva, por exemplo;
  • Interpretação: é a capacidade do jornalista em entender uma situação e buscar o contexto antes de escrever uma notícia ou reportagem;
  • Imparcialidade: é buscar sempre os dois lados de uma notícia, ou seja, as fontes contrárias e favoráveis, contrapondo visões e deixando para o leitor a decisão por concordar com um ou outro lado.
  • Experiência: um bom jornalista é aquele que conseguiu sensibilidade para boas pautas e assuntos com base na experiência da rotina da profissão;
  • Escrever bem: essa é uma característica essencial desse profissão. No jornalismo, não há espaço para erros de gramática e português.
  • Saber falar outros idiomas: é um diferencial do jornalista que fala e entende outras línguas, como inglês e espanhol. Isso abre as portas para o profissional e amplia seu leque de atuação na área;
  • Conectado sempre: um jornalista nunca dorme. Brincadeiras à parte, é quase isso. Ser jornalista é estar sempre em cima da notícia e dos fatos, antes de todo mundo.

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Ser jornalista vale a pena?

Sem dúvida, ser jornalista é uma profissão com muitas perspectivas profissionais e de carreira. E, para ter sucesso, certamente é fundamental obter o curso superior na área. De preferência, em instituições de qualidade. Para você ter uma ideia, ser jornalista é uma das profissões que abre mais portas para trabalhos como freelancer, por exemplo.

Além disso, é uma formação fundamental para dominar técnicas e ferramentas de comunicação essenciais para qualquer área. E mais: em uma entrevista de emprego para uma vaga de jornalista, certamente o diploma de jornalismo será um pré-requisito básico. Acredite!

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