Empregabilidade: por que o ensino técnico ajuda a conseguir uma vaga?


Reinventar-se! É com esse objetivo que os profissionais de hoje precisam atuar e moldar as suas carreiras, afinal, garantir a empregabilidade por toda a vida é algo desafiador. No entanto, o que muitos ainda não sabem e não analisam antes de escolher o curso que irão fazer é que os trabalhadores com formação técnica possuem um grande espaço no mercado de trabalho – e pouca concorrência.

Ou seja, faltam profissionais com conhecimento e formação técnica em muitas áreas. A consequência disso é que alguns cursos técnicos estão em alta pois, nesse momento de retomada da economia do País, os empresários precisam contratar uma mão de obra qualificada e ainda escassa. Neste post, você descobrirá quais são essas áreas, os cursos disponíveis, quanto ganha um profissional técnico e como está a concorrência pelas vagas com esse perfil.

Formação rápida e mais tempo para achar uma vaga resultam em maior empregabilidade

Se você está entre os mais de 13 milhões de desempregados no Brasil ou pensando em garantir sua empregabilidade por longos anos, vale considerar fazer um curso técnico. Esse tipo de formação pode ajudá-lo a conquistar uma especialização em um curto espaço de tempo. Assim, é possível procurar uma vaga de trabalho mais rápido.

Os cursos técnicos possuem formação de aproximadamente dois anos e são focados nos conhecimentos necessários para que você possa desempenhar uma função específica. Eles duram, geralmente, a metade do tempo de um curso de bacharelado ou de licenciatura.

Levando em consideração que os jovens que precisam conquistar o mercado estão na principal faixa de desempregados do País, essa qualificação profissional pode ajudá-lo a conseguir o primeiro emprego. E mesmo que você já tenha uma graduação, um curso técnico pode ser uma boa opção para mudar de carreira.

Por que os cursos técnicos têm uma empregabilidade alta?

Em São Paulo, para darmos um exemplo, 70% das pessoas que concluíram um ensino técnico conseguiram rapidamente uma vaga no mercado de trabalho. Uma estatística animadora para quem deseja uma recolocação profissional ou a conquista do primeiro emprego.

Mas essa boa notícia poderia contagiar muito mais gente. Das 54 milhões de pessoas que poderiam cursar o técnico de nível médio no Brasil, só pouco mais de 2 milhões seguiram por esse caminho. Isso significa menos de 4% do potencial que esse tipo de formação teria, segundo o último levantamento do IBGE.

Esse é mais um motivo para você investir na sua formação técnica, já que a concorrência é baixa e existe uma grande demanda do mercado por profissionais com esse tipo de formação. Por isso, a empregabilidade para quem faz um curso técnico é mais alta do que a de outros tipos de formação.

Pouca concorrência e bons salários

Se a concorrência é baixa, os salários vão na contramão disso. Afinal, se faltam profissionais no mercado, a empregabilidade deles é favorecida e uma boa remuneração também. A média salarial de quem já fez alguns dos principais cursos varia bastante, mas chega a R$ 4.595,63.

Uma pesquisa revelou que os cursos técnicos de Mecânica, Eletromecânica, Segurança no Trabalho e Automação Industrial estão entre os mais buscados pelos alunos no País. Tudo porque existem vagas disponíveis para esses profissionais e os salários são atrativos.

Confira mais sobre três desses cursos:

1. Técnico em Eletrotécnica

Tem duração de um ano e meio e ensina a projetar, instalar e operar sistemas elétricos e equipamentos seguindo as normas técnicas vigentes. Os profissionais formados nessa área podem atuar em empresas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e de telecomunicações visando garantir o bom funcionamento dos sistemas elétricos industriais, prediais, residenciais e de infraestrutura. A média salarial para os profissionais formados no curso técnico de Eletrotécnica é de R$ 4.060,87.

2. Técnico em Mecânica

Com esse curso você irá aprender a fazer a instalação, a produção e a manutenção de processos de fabricação mecânica. Para isso, você será instruído a projetar e manter sistemas e instalações, desenvolver e selecionar ferramentas, além de controlar materiais, insumos e atividades de produção. Após concluir o curso, você poderá atuar em fábricas, oficinas e diferentes tipos de indústrias. A média salarial para esse profissional é de R$ 4.566,43.

3. Técnico em Segurança no Trabalho

Com essa formação você vai aprender ações preventivas para a garantia da saúde e da segurança de trabalhadores de várias áreas da indústria. No curso, você aprenderá técnicas de identificação, avaliação e controle de riscos, além de conhecer instrumentos para investigar, analisar acidentes e recomendar medidas de prevenção. Já no mercado de trabalho será possível atuar em indústrias, hospitais e outros. A média salarial é de R$ 3.391,27.

Faltam profissionais qualificados para vagas em aberto

Algo importante: não estamos falando de vagas irreais. Uma pesquisa realizada pelo ManpowerGroup, maior empresa de contratação de pessoas do planeta, com 39,1 mil empregadores em 43 países e territórios, mostra que quase a metade deles (45%) tem dificuldade para encontrar pessoas qualificadas. Além disso, muitos dos postos que precisam ser preenchidos mas não tem profissionais qualificados são de ensino técnico.

Vale conferir as funções mais difíceis de preencher no Brasil:

– Profissionais de ofício

Áreas de atuação como eletricistas, soldadores e mecânicos. A falta de qualificação é técnica e está diretamente ligada ao rápido avanço da tecnologia. Por isso, faltam profissionais habilitados para trabalhar com ambientes tecnológicos.

– Técnicos

Áreas de atuação como controladores de qualidade e equipe técnica. Funções técnicas específicas dentro do processo produtivo, sobretudo na área de qualidade, têm sido difíceis de preencher.

– Profissionais de suporte administrativo

Áreas de atuação como assistentes administrativos e recepcionistas. Pode até haver excesso de profissionais disponíveis nessas áreas, mas pessoas com habilidades interpessoais demandadas pelas empresas são raras. Nesse sentido, foco no cliente e engajamento são prioridades para as empresas.

– Profissionais da indústria

Área de atuação como produção e profissionais como operadores de máquinas. O rápido avanço tecnológico mais uma vez aparece como responsável pela escassez de talentos nessa área e nessa função.

Levando em consideração essas informações, fica mais fácil para você escolher o seu próximo curso visando ampliar a sua empregabilidade, não é mesmo? E procure ter algo em mente: a graduação não é o único caminho para conquistar uma vaga de trabalho. Existem cursos com inúmeras vantagens, como os mencionados anteriormente, e que apresentam um fácil acesso ao mercado de trabalho.

Quer saber mais sobre mercado de trabalho e cursos técnicos? Então confira outros textos disponíveis no nosso blog.

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