10 livros de economia que vão aumentar o seu interesse pela área


A palavra economia causa um certo frisson em algumas pessoas, mais ainda se ouvirem “livros de economia”, como se fosse algo de outro mundo.

Mas, separamos uma lista de 10 livros de economia, alguns clássicos e outros de leitura mais leve, para você começar uma jornada ao entendimento e mudança de visão sobre este tema.

Pronto para o desafio de conhecer os livros de economia? Então vamos lá conhecê-los.

1776 – A Riqueza das nações (Adam Smith)

Este é um dos livros de economia considerado como a “bíblia” do livre mercado, onde Adam Smith, filósofo escocês, é considerado o formulador da teoria econômica, o “pai” do liberalismo econômico, isto é, o capitalismo em sua forma mais pura.

De forma sucinta, Smith dizia que cada pessoa deveria seguir seu próprio interesse na economia, fazer suas próprias escolhas, sem intervenção governamental.

Dessa forma, os preços dos produtos cairiam e a qualidade deles aumentaria, isso porque a oferta dos produtos sempre seguirá a demanda.

O livre comércio é apenas uma das vertentes de toda formulação econômica do autor.

[…] Esse grande aumento da quantidade de trabalho que, em consequência de sua divisão, com o mesmo número de pessoas é capaz de realizar, deve-se a três diferentes circunstâncias: a primeira, o aumento de destreza de todos os operários; a segunda, a economia de tempo que geralmente se perde ao transferir –se de uma espécie de trabalho para outra; e, por último, a invenção de um grande número de máquinas que facilitam e reduzem o trabalho, capacitando um homem a realizar o trabalho de muitos.

1867 – O Capital (Karl Marx)

O próximo da lista dos livros de economia é considerada a maior obra de Karl Marx, historiador, filósofo, economista, jornalista e sociólogo, nascido na Alemanha, mas que viveu a maior parte de sua vida em Londres.

O Capital é o Livro I de uma trilogia, sendo que os demais livros foram publicados pós-morte.

Ele é uma crítica ao capitalismo e, ao mesmo tempo, é considerado a base do pensamento socialista marxista científico (sistema ideológico e econômico com vistas à divisão de bens de forma igualitária entre os indivíduos da sociedade) até chegar ao comunismo (resultado dos ideais socialistas implantados)

“A aquisição e acúmulo de mercadorias é a essência da economia capitalista, que vê nas necessidades humanas sejam elas fisiológicas ou psicológicas uma fonte inesgotável de obter riquezas que nada mais é se não mercadorias acumuladas em grande proporção.”

Quer saber mais sobre capital, trabalho e alienação em Marx? Assista ao vídeo do Brasil Escola.

1904/1905 – A Ética Protestante o Espírito do Capitalismo (Max Weber)

Max Weber foi um pensador, economista e jurista alemão, também considerado por vezes um dos criadores da sociologia sistematizada e moderna.

Deu grandes contribuições à economia, mas seu foco de estudo e produção sempre foi o capitalismo e o processo de racionalização.

Sua obra “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” é uma tentativa de descrever e compreender o grande fenômeno ocorrido entre os séculos XIX e XX:

  • Os países de confissão protestantes se destacaram no desenvolvimento do capitalismo;
  • Os maiores detentores do capital eram protestantes.

“Uma simples olhada nas estatísticas ocupacionais de qualquer país de composição religiosa mista mostrará, com notável frequência, uma situação que muitas vezes provocou discussões na imprensa e literatura católicas e nos congressos católicos, principalmente na Alemanha: o fato que os homens de negócios e donos do capital, assim como os trabalhadores mais especializados e o pessoal mais habilitado técnica e comercialmente das modernas empresas é predominantemente protestante.”

1911 – Teoria do Desenvolvimento Econômico (Joseph Alois Schumpeter)

Nesta obra, o austríaco Joseph Schumpeter se propõe a investigar temas como lucro, ciclo econômico, crédito, capital, entre outros.

É um dos precursores da defesa de que as inovações tecnológicas são a mola propulsora do capitalismo. É daí que surge o termo “destruição criativa” onde inovações antigas dão lugar para as mais modernas.

Neste livro de economia, Schumpeter identifica a necessidade do crescimento econômico para a justiça social e alerta para os riscos de uma “redistribuição prematura”.

“Nem o mero crescimento da economia, representado pelo aumento da população e da riqueza, será designado aqui como um processo do desenvolvimento.”

1936 – A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda (John Maynard Keynes)

Este livro de economia foi escrito por Keynes, economista inglês, considerada uma das principais obras acerca da macroeconomia.

Em meio a grande depressão de 1929, o autor traz a teoria geral do emprego, do juro e da moeda para contrapor a economia clássica.

Enquanto a economia clássica pregava que a redução dos salários faria com que a taxa de desemprego diminuísse, o número de desempregados aumentava cada vez mais, pois o mercado de trabalho não funciona como outro mercado qualquer.

E aí que Keynes propôs sua teoria que defendia a intervenção do Estado na economia ao criar uma demanda para alavancar a produção, já que o volume desta última (e a contratação de mão de obra) valia da expectativa de venda.

O autor também defendeu a redução da taxa de juros de longo prazo como incentivo à produção.

“Argumentarei que os postulados da teoria clássica se aplicam apenas a um caso especial e não ao caso geral, pois a situação que ela supõe acha-se no limite das possíveis situações de equilíbrio. Ademais, as características desse caso especial não são as da sociedade econômica em que realmente vivemos, de modo que os ensinamentos daquela teoria seriam ilusórios e desastrosos se tentássemos aplicar as suas conclusões aos fatos da experiência.”

1945 – História Econômica do Brasil (Caio Prado Jr.)

Político e historiador brasileiro nascido em São Paulo, Caio Prado Jr formou-se em Direito pela USP. Migrou do Partido Democrático para o Partido Comunista Brasileiro ao adotar os ideais marxistas.

Como indica o próprio título, o autor se propõe a construir uma linha do tempo da economia do país, que se inicia no período colonial até o século XX, com destaque para o que ele chama de “velho sistema” ou “pré-capitalismo”.

“Em suma e no essencial, todos os grandes acontecimentos desta era a que se convencionou com razão chamar de ‘descobrimentos’, articulam-se num conjunto que não é senão um capítulo da história do comércio europeu. Tudo que se passa são incidentes da imensa empresa comercial a que se dedicam os países da Europa a partir do séc. XV e que lhes alargará o horizonte pelo Oceano afora.”

1954 – 1929: A Grande Crise (John Kenneth Galbraith)

Kenneth, economista e filósofo, professor de Harvard, nascido no Canadá, naturalizado nos Estados Unidos da América, discorre nesta a maior e mais profunda análise sobre o drama capitalista vivido em 29, o período da “Grande Depressão”.

O autor retrata a grande crise econômica americana que abalou muitos países ocidentais.

Tudo começou com uma super valorização fictícia, práticas especulativas, de títulos, ações, e imóveis, especialmente das empresas de bens de consumo, na economia americana, num período de 4 anos antes da grande crise.

Com o apoio dos bancos através dos créditos, esta especulação econômica foi alimentada ainda mais, além do fato do aumento da produção, mas não do poder de compra e a superprodução agrícola.

As consequências foram desastrosas com o ápice da quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929:

  • Queda abrupta do valor das mercadorias e da produção;
  • Falência de indústrias e empresas de serviços;
  • Mais de 5000 bancos foram à falência;
  • Taxa de desemprego sem precedentes que levou, inclusive, a altos índices de suicídio.

O autor destaca que somente depois de 1945 foi possível a reconstrução plena do sistema mundial, devido a diversos outros fatores que ocorreram em todo o globo a partir deste dia fatídico.

“A regulamentação da atividade econômica sem dúvida é o mais deselegante e o mais ingrato dos encargos públicos. Quase todos se opõem a ela por princípio; sua justificativa sempre se baseia na defesa pouco agradável do mal menor.”

1969 – Introdução à Economia (José Paschoal Rossetti)

Pesquisador e professor da Fundação Dom Cabral, passou também pela USP, Mackenzie entre outras, José Paschoal Rossetti traz em seu livro “Introdução a Economia” uma resgate teórico-histórico do conceito econômico e suas vertentes, além de conceber uma visão clarificada da realidade econômica brasileira.

De forma bastante didática o autor retrata a economia, a define e torna acessível ao público em geral.

“É a ciência que estuda os recursos escassos e as alternativas de produção, para atender as necessidades ilimitadas dos indivíduos.” “… compete o estudo da ação econômica do homem, envolvendo essencialmente o processo de produção, a geração e a apropriação da renda, o dispêndio e a acumulação.”

O Prof. Dr. Miro Hidelbrando, da TV Lages, reexibiu uma entrevista do Professor José Paschoal Rossetti para a TV Planalto em 1991 quando falou sobre a economia da época. Qualquer semelhança com o cenário atual não é mera coincidência.

2008 – A Ascensão do Dinheiro: Uma História Financeira do Mundo (Niall Ferguson)

O escocês Niall Ferguson está entre o clã dos economistas modernos.

Nesta obra, o autor conta a história do dinheiro, das tratativas financeiras ao longo da história; a criação dos bancos, os financiamentos, o comércio de capitais, o surgimentos das bolsas de valores.

O livro também retrata as representações do dinheiro (ouro, prata, etc), retrata o que é a inflação, finanças e fenômenos como a especulação financeira que impulsionou a grande crise de 1929.

Para muitos, o livro beira um documentário mais do que uma obra econômico-histórica.

“Atrás de cada grande fenômeno histórico encontra-se um segredo financeiro”.

2012 – Por Que As Nações Fracassam (Daron Acemoglu e James A. Robinson)

O americano James A. Robinson e o turco Daron Acemoglu, nesta obra instigante, defendem que é da qualidade das instituições políticas e econômicas que deriva o desenvolvimento econômico.

Para isso, os autores pontuam a diferença entre instituições exclusivistas e inclusivistas, indicam que a política determina a economia e que a sua estabilidade, aliada à tecnologia e à educação, são o firme fundamento do desenvolvimento econômico.

 “[…] a medida (que são as instituições) que influenciam comportamentos e incentivos na vida real, (elas) forjam o sucesso ou o fracasso dos países.”

No Site do MEC é possível acessar um caderno específico que trata da Economia e Mercado a partir da conceituação de termos e as suas relações.

E aí, gostou da nossa lista de livros de economia? Já decidiu qual será o primeiro livro que você se arriscará na leitura? Conta para nós nos comentários a seguir!

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