Conheça projetos acadêmicos que viraram empresas

Posso garantir para você: um dos melhores momentos da sua vida para empreender é durante a própria faculdade. Tanto quanto fazer um curso de empreendedorismo, por exemplo. Ou seja, abrir um negócio próprio com seus colegas de sala ou participar das centenas de empresas juniores ligadas às universidades. Para você se inspirar, vamos abordar nesse texto projetos acadêmicos que viraram empresas.

Em outras palavras, cases de sucesso que nasceram na faculdade e hoje faturam alto no mercado, ou ajudaram a resolver problemas sociais e de saúde.

Empresas juniores são início de grandes projetos

Mas antes é preciso contextualizar. As empresas juniores são órgãos ligados a universidades com o objetivo de prestar serviços externos dentro das suas áreas de conhecimento dos cursos. São compostas por estudantes universitários, sob orientação de professores. Ali surgem vários projetos acadêmicos que viraram empresas.

Para você ter uma ideia, o número de empresários juniores (alunos que frequentam a faculdade) aumentou 16% em 2018. Os dados são da Confederação Brasileira das Empresas Juniores, a Brasil Júnior.

Esses jovens desenvolveram mais de 18 mil projetos. Em 2019, segundo a Brasil Júnior, o faturamento de todas as empresas juniores do Brasil será de R$ 45 milhões. O legal é que esse dinheiro é investido nas próprias empresas, em benefício aos alunos.

E qual é a maior empresa júnior do país?

Em termos de faturamento, a Esag Junior, ligada à Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), é a maior do Brasil. A meta é chegar ao final desse ano com R$ 700 mil em faturamento.

Na Esag Junior, que tem 24 anos de existência, os estudantes prestam consultoria a empresas na área de administração. Desenvolvem projetos para redução de custos, melhorar gestão interna, aumentar a produtividade, entre outros.

Poli Jr: salvando vidas com engenharia

As empresas juniores são um celeiro de boas ideias e de empreendedorismo. Como já falamos acima, nesses espaços vários projetos acadêmicos viraram empresas pelo país.

Um dos exemplos mais marcantes é o da Empresa Júnior da Escola Politécnica (Poli Jr), da Universidade de São Paulo (USP). A Poli Jr é formada por estudantes de vários cursos da USP, principalmente, da área da engenharia. Os integrantes da Poli Jr não são remunerados. No entanto, isso pode variar nas demais empresas juniores.

Foi nas salas da Poli Jr que foi criado o Pessário Contrátil, um projeto voltado para a luta contra o nascimento de bebês prematuros no Brasil. O objetivo é reduzir as chances das bolsas das mães estourarem antes da hora em uma gravidez. Em abril de 2017, a Poli Jr foi procurada por um grande hospital de São Paulo, em busca de alguma solução que pudesse ajudar as mães nesse sentido.

Depois de seis meses de muitas pesquisas, os estudantes da empresa júnior chegaram a um protótipo. O item foi desenvolvido em uma impressora 3D, com um investimento de R$ 8 mil. Um dos alunos que liderou o projeto que ajuda a salvar vidas na época tinha 19 anos. Incrível, não?

A Poli Jr também fez um trabalho marcante para o Great Place do Work (GPTW), um prêmio que seleciona as melhores empresas para se trabalhar no Brasil. Desenvolveu o Last Piece, programa que reúne opiniões de funcionários sobre empresas, postadas em sites, redes sociais e notícias. Essa importante base de dados foi elaborada sem usar trabalho manual, gerando economia de tempo e recursos.

Ideia que virou negócio social premiado

Outra história inspiradora é a de Mário Sérgio Adolfi Júnior, CEO da Kidopi, um negócio social fundado na faculdade. A Kidopi é uma empresa que oferece tecnologia para gestão de hospitais, clínicas e planos de saúde. Mário Sérgio ingressou na USP, no curso de Informática Biomédica, motivado pelas experiências com o irmão, que tem uma doença respiratória crônica, e a avó, que passou por um AVC.

Foi durante a graduação que o estudante passou a pensar em soluções para resolver problemas na área da saúde. Foi então que fundou a InfoBio Jr, primeira empresa júnior do curso, onde foi diretor e presidente. Conseguiu muita experiência em gestão. No entanto, Mário Sérgio queria desenvolver algo que tivesse rapidamente um impacto social. Foi então que, em conjunto com outros dois amigos, fundou a Kidopi. Em 2009, discada, os jovens desenvolveram um sistema utilizado pela rede pública de saúde e que foi premiado pelo governo estadual.

Após passarem por dificuldades comuns a todos os empreendedores, com muita persistência, eles conseguiram fazer a empresa prosperar com novos aplicativos para a área da saúde. Mas eles foram ainda mais longe. Em 2013, eles conheceram empreendedores do HandTalk, um premiado aplicativo de acessibilidade. Essas pessoas os apresentaram a integrantes da Organização das Nações Unidas que organizavam o World Summit Award, um prêmio de inovação digital. Em 2014, a Kidopi ganhou a modalidade brasileira da competição.

Por consequência, Mário Sérgio foi escolhido pelo MIT Technology Review um dos 10 jovens mais inovadores do país. Toda essa história partiu das experiências em uma empresa júnior. Legal, não?

A trajetória de sucesso da Involves

Participar de uma empresa júnior é uma experiência fantástica. Porém, só o fato de estar cursando uma universidade já pode ser o ambiente certo para você colocar algum projeto acadêmico em prática. Foi o que aconteceu com colegas que cursavam Administração de Empresas na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Foi em sala de aula, em 2009, durante um trabalho em grupo, que eles começavam a entrar para o universo da tecnologia.

Após muitas tentativas e erros, os alunos desenvolvimento um software de trade marketing. O programa foi batizado de Agile Promoter, que tem a função de fazer a gestão de pontos de venda. O software é a cereja do bolo da Involves, hoje uma das cinco melhores empresas de tecnologia para se trabalhar no Brasil, no ranking da Great Place to Work (GPTW).

A matriz da empresa está em Florianópolis, porém, a empresa já tem escritório em São Paulo e até na Cidade do México. Os jovens, que de estudantes passaram a bem sucedidos empresários, hoje mantêm uma empresa com previsão de crescimento de 48% para 2019, chegando a R$ 40 milhões de faturamento.

Recentemente, a Involves desenvolveu uma solução para extrair indicadores e dados por meio de imagens de gôndolas de supermercados e lojas, utilizando inteligência artificial. Essa tecnologia gera uma economia de até R$ 1 milhão por mês para indústrias de bens de consumo. Em 2018, a empresa também comprou o software da sua principal concorrente, aumentando sua fatia de mercado.

Por que é tão bom trabalhar em empresa júnior?

Agora você já conheceu cases de sucesso que nasceram em empresas juniores ou em projetos acadêmicos. Mas por que motivo é tão bom trabalhar nessas empresas? Há muitos pontos positivos, entre eles, estar dentro da sua faculdade, mas vivenciar o ambiente de uma empresa de verdade. Isso reflete em uma aproximação de como é a realidade no mercado de trabalho. Isso tudo com a vantagem de ser orientado por um professor. Além disso, trocar experiências com os colegas do mesmo curso.

Há ainda o fato da empresa júnior ser composta de estudantes, ou seja, também é uma espécie de laboratório. Ao mesmo tempo em que podem surgir ideias e práticas inovadoras por parte dos alunos, também são compreensíveis aspectos negativos, como a inexperiência dos seus membros.

Em uma empresa júnior, mais importante que o faturamento, é o aprendizado e as lições que são levadas para a vida profissional fora da universidade.

Como se faz para entrar em uma empresa junior?

Normalmente, ingressar em uma empresa júnior exige passar em um processo seletivo. Em suma, é algo bem semelhante das entrevistas comuns para um novo emprego. Você precisa apresentar um currículo, passa por uma prova escrita e conversa com a direção da empresa. Os métodos do processo podem variar bastante para cada empresa júnior. Certamente, as empresas buscam os estudantes mais habilitados e comprometidos com as metas e em gerar resultados.

Inspire-se em projetos acadêmicos que viraram empresas

Agora, você não precisa esperar ser aprovado nos processos seletivos para empreender durante a faculdade. Tire proveito dos trabalhos realizados em sala de aula, das oportunidades das próprias disciplinas do seu curso, e da orientação dos professores. Projetos acadêmicos que viraram empresas podem nascer dessas iniciativas. Confira aqui mais dicas para empreender.

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