Por que as pessoas estão migrando para o mercado de trabalho informal?

Falta trabalho para 28,1 milhões de brasileiros. Essa é uma realidade preocupante. A crise financeira e política do país impacta diretamente na geração de emprego, principalmente, nos formais, aqueles com carteira de trabalho assinada. Entre as famílias brasileiras, é fácil encontrar um conhecido ou parente que esteja desempregado. A situação fica ainda pior entre idosos e jovens. Por esse motivo, o trabalho informal ganha força.

Para se ter uma ideia da estatística nada animadora, o percentual de pessoas que ocupam um trabalho informal no Brasil já é de 41,3%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que alcançamos um patamar recorde da série histórica da pesquisa, desde 2012.

Sendo assim, já são mais de 38,683 milhões de brasileiros trabalhando na informalidade. Mas quais são as vantagens e desvantagens deste tipo de situação? Como sair dela?

No Blog Vai de Bolsa, já demos dicas sobre como se realocar no mercado de trabalho. Agora, no post abaixo, você vai saber um pouco mais sobre a informalidade, como tirar proveito dessa situação e como sair dela.

Os motivos da informalidade

A base disso tudo está mesmo na economia. Para se ter uma ideia, o número de empregados que atuam no mercado sem carteira assinada subiu 5,6% em um ano. Levando em consideração esse número, temos mais de 11,7 milhões. Esse continua sendo o valor mais alto registrado pela pesquisa do IBGE.

No entanto, fazendo um comparativo, cresceu a quantidade de trabalhadores que estão atuando por conta própria. Um aumento de 5,2% frente ao mesmo período de 2018, atingindo o recorde de 24,2 milhões (mais 1,2 milhão de pessoas).

O que acontece para que esses números tenham grandes mudanças é que aumentou a quantidade de vagas disponíveis para trabalhos sem carteira assinada. Os famosos “bicos”, ou freelancers.

Assim, temos cada vez mais trabalhos domésticos, vendedores ambulantes, abertura de pequenos negócios ou estratégias de marketing de porta em porta. Tudo isso faz o nível de informalidade aumentar ainda mais. São pessoas trabalhando sem CNPJ e empregadores deixando de registrar na carteira pela quantidade de impostos cobrados.

No entanto, há um lado positivo. Houve queda no desemprego. O recuo nesse quesito foi de 11,8%, atingindo 12,6 milhões de pessoas.

Números do trabalho informal

Para contextualizar um pouco melhor como estão os números do trabalho informal no Brasil, vale ressaltar que, no trimestre encerrado em abril, os informais representavam 40,9% da população ocupada. No entanto, há exatamente um ano esse número era de 40,5%. Ou seja, mudou muito pouco.

Além disso, existe outra realidade. Mesmo os que conseguem emprego formal costumam trabalhar menos horas do que gostariam.

Esse número, por exemplo, atinge 7,3 milhões de pessoas. Isso também significa que, mesmo empregadas, as famílias estão ganhando menos dinheiro. Dessa forma, a economia brasileira cresce mais lentamente e demora ainda mais para se recuperar e gerar novos postos de trabalho. Uma consequência sem fim que afeta as minorias.

Salários do trabalho informal

Já que o assunto é economia, vale ressaltar como está a vida dos trabalhadores que tiveram de se sujeitar ao trabalho informal. Saiba que a renda média dessas pessoas é muito menor do que a dos trabalhadores com carteira assinada. Primeiro porque com carteira assinada os patrões precisam se sujeitar às leis trabalhistas. Assim, não podem oferecer menos do que o piso salarial da respectiva categoria. Dessa forma, os trabalhadores com carteira assinada costumam ganhar um pouco melhor.

Só para você ter uma ideia, no trimestre encerrado em julho de 2019, o rendimento médio real do empregado com carteira assinada foi de R$ 2.169. Comparando com o trabalho informal, a realidade é outra. O rendimento foi de R$ 1.427 e a do conta própria sem CNPJ foi de R$ 1.312. Assim, independentemente da modalidade de atuação, quem se submete ao trabalho informal é menos remunerado. Afinal, não está sujeito às leis trabalhistas e perde força de negociação com os supostos empregadores.

Além disso, quem se sujeita a abrir o próprio negócio e atuar no trabalho informal precisa se submeter ao que consegue arrecadar no dia a dia, que costuma ser inferior. A falta de credibilidade ainda é um dos pontos principais para que um vendedor ambulante, por exemplo, não consiga mais clientes. Como consequência, também recebe bem menos pela venda de seus produtos no trabalho informal.

Vantagens do trabalho informal

Existem sim boas características no trabalho informal. Primeiro porque as pessoas encontram uma chance de sobrevivência. Afinal, como já mencionado, a economia se recupera lentamente. Assim, os postos de trabalho formais ainda são poucos. Então, é preciso manter a sobrevivência das famílias.

Outra vantagem pode ser a de montar o próprio negócio. Muitos brasileiros têm o sonho de atuar de forma independente. Assim, o trabalho informal costuma ser o primeiro passo para isso acontecer. No entanto, é importante destacar que, para evoluir numa carreira como empresário, inevitavelmente é preciso garantir sua regularização.

Além disso, vantagens como liberdade de horário e dias de trabalho costumam estar nessa lista de vantagens do trabalho informal. Há também outras possibilidades, como trocar de área de atuação sem prestar muitas explicações.

Desvantagens do trabalho informal

Elas existem e são muitas. Então, preste atenção nessa sua transição de carreira. O maior prejuízo costuma ser a falta de renda fixa. Ao atuar com o trabalho informal o seu salário nunca está garantido. Então, não faça grandes dívidas e garanta uma reserva financeira, quando possível.

Outro problema é o fato de trabalhar sem férias e feriados remunerados. Não existe folga para quem trabalha na informalidade. É preciso produzir para conseguir ter lucro. Além disso, não existem vantagens como décimo terceiro salário nem licença (licença-maternidade, licença-paternidade, por exemplo). Afinal, você não está amparado pela lei do trabalho. Assim, ainda que fique doente, não terá direito a receber ajuda de custo do governo federal.

Além disso, é preciso pensar sobre o seguro-desemprego. Se você atuar no trabalho normal prestando serviço para outra pessoa, saiba que não tem direito ao seguro. Além disso, não tem como reivindicar por pagamento de horas extras.

Por fim, é preciso saber que você também não terá direito ao fundo de garantia e nem mesmo à aposentadoria. Afinal, não existem descontos e, logo, nem contribuição com esses benefícios. Então, a principal dica se você precisa viver no trabalho informal é fazer essas contribuições de forma independente.

Atuando com menos horas de trabalho

Outra realidade afeta quem opta pelo trabalho informal, a taxa de subutilização. Muitos costumam trabalhar menos do que gostariam. No entanto, de acordo com o IBGE, essa taxa caiu para 24,3%.

O índice é medido por três fatores muito importantes e relevantes para o mercado formal de emprego do Brasil: desocupados, subocupados e força de trabalho potencial.

Nós vamos explicar um pouco melhor cada uma dessas categorias para você entender e saber como se encaixa na atual realidade de trabalho informal. São considerados subocupados os que trabalham menos de 40 horas por semana. No entanto, só são contabilizados aqueles trabalhadores que, mesmo tendo uma jornada como essa, gostariam de produzir ainda mais. Então, levando em consideração a realidade do próprio trabalhador, ele está subocupado.

Já a força de trabalho potencial é composta por quem gostaria de trabalhar. No entanto, só é contabilizada para aqueles que não procuraram emprego, ou procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar no momento da pesquisa do IBGE. Um exemplo bem claro dessa categoria são as mulheres que estão fora do mercado de trabalho para cuidar dos filhos.

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