O que você quer ser quando crescer? Essa é uma pergunta que todo mundo já ouviu. As expectativas que criamos quando crianças ou até adolescentes fazem parte da nossa visão de mundo e ajudaram a moldar quem somos. Mas o que fazer quando as profissões mais procuradas pelos jovens podem desaparecer nos próximos anos? Foi isso que revelou um estudo divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em janeiro deste ano. Confira mais detalhes nesse post.
O relatório analisou as aspirações profissionais de mais de 600 mil jovens de 15 anos em 79 países e territórios, incluindo o Brasil. O estudo se baseia em entrevistas feitas ao longo do ano de 2018, durante a aplicação do Pisa, exame internacional que mede o desempenho de estudantes em matemática, leitura e ciências.
Entre as conclusões, estão o fato de que 39% das profissões mais procuradas correm risco de automatização nos próximos cinco ou dez anos. Em outras palavras, desaparecerem por conta dos avanços tecnológicos e darão espaço a profissões do futuro. Além do fato de que 10 carreiras concentram a maioria das expectativas profissionais dos jovens.
Quer saber melhor o que isso significa? Então, continue lendo para se aprofundar mais sobre as profissões mais procuradas atualmente!
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Quais são as profissões mais procuradas pelos jovens?
Uma das principais constatações do relatório divulgado pela OCDE é que a maioria dos adolescentes sonha com carreiras bem parecidas. Elas são, inclusive, semelhantes àquelas citadas na edição anterior da pesquisa, de 2000.
Meninas
As profissões mais procuradas pelas mulheres, segundo a OCDE são:
- Médica;
- Professora;
- Administradora de empresas;
- Advogada;
- Enfermeira ou parteira;
- Psicóloga;
- Designer;
- Veterinária;
- Policial;
- Arquiteta.
Com relação à pesquisa de 2000, saíram da lista as carreiras de secretária, cabeleireira e jornalista. No lugar, entraram policial, designer e arquiteta. Isso fez com que a relação ficasse mais semelhante com a lista dos meninos. Confira:
Meninos
Já entre os adolescentes homens, as profissões mais desejadas são:
- Engenheiro;
- Administrador de empresas;
- Médico;
- Profissional de TI;
- Atleta;
- Professor;
- Policial;
- Mecânico de veículos;
- Advogado;
- Arquiteto.
No caso deles, a lista permaneceu a mesma com relação à de 2000. Mudou apenas a posição das carreiras. De terceiro lugar, engenheiro foi para primeiro como a profissão mais citada.
E o que esses rankings significam? Além de apontarem para transformações no mundo da educação, eles ajudam a prever alguns desafios que devem ser enfrentados pelo mercado de trabalho no futuro. Por exemplo, a automatização iminente de muitas profissões citadas.
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Profissões mais procuradas podem não existir
Quem está pensando em qual carreira seguir no futuro, precisa prestar atenção em muitos fatores. E um dos mais importantes é a chance de automatização dessa profissão.
De acordo com as estimativas da OCDE, 39% dos trabalhos citados pelos participantes do Pisa correm o risco de serem automatizados ao longo dos próximos cinco ou dez anos. Isso significa que, ao escolher a sua profissão, os jovens também devem levar em conta essas previsões.
Carreiras médicas e sociais, por exemplo, têm menos chances de deixar de existir (saiba mais sobre a medicina do futuro).
Por outro lado, o relatório Futuro do Emprego 2018, do Fórum Econômico Mundial, aponta que, entre as profissões com maior risco de se tornarem obsoletas, estão:
- Advogados;
- Contadores;
- Mecânicos;
- Motoristas de veículos;
- Bancários;
- Trabalhadores fabris;
- Auditores;
- Gerentes administrativos;
- Caixas de lojas.
Isso significa que você deve deixar de investir nessas carreiras? Não necessariamente. Mas é preciso entender que esses trabalhos podem ter menos vagas disponíveis. E, consequentemente, o nível de exigência deve ser mais alto.
Além disso, quem vai estudar uma dessas áreas precisa se adaptar a trabalhar com o auxílio da tecnologia.
Segundo o estudo do Fórum Econômico Mundial, quase 50% das empresas entrevistadas devem demitir funcionários até 2022 por conta da automatização de funções.
Como se preparar para as profissões do futuro?
Mas quem está entrando agora no mercado de trabalho não precisa se desesperar. Os robôs e a inteligência artificial não devem “roubar” todos os empregos do mundo. A tendência, na verdade, é uma transformação drástica das relações de trabalho, assim como o surgimento de novas profissões!
De acordo com o mesmo relatório do Fórum Econômico Mundial que citamos acima, 38% das empresas entrevistadas espera contratar mais gente para funções que elevem sua produtividade. Isso significa que outras vagas devem surgir.
Além disso, funções como analistas e cientistas de dados, especialistas em TI ou Big Data, desenvolvedores de softwares, especialistas em redes sociais e comércio digital são cotadas como profissões com altas chances de sucesso no futuro.
Falta de oportunidades é uma das principais barreiras
Só que existe uma barreira para a maioria dos jovens que buscam empregos com alto risco de automatização: o acesso à educação de qualidade e à oportunidades de conhecer novas profissões.
De acordo com a pesquisa da OCDE, a maioria dos entrevistados que almeja carreiras com alto risco de automatização são meninos de baixa renda.
Isso pode ser explicado pelo fato de que, segundo o relatório, eles tinham menor probabilidade de terem pesquisado na internet sobre carreiras futuras, conversado com conselheiros vocacionais e visitado ambientes profissionais ou feiras de emprego.
Sem isso, os adolescentes não conseguem visualizar novas opções de carreira além daquelas que exigem pouca qualificação e devem ser substituídas em breve.
Mentorias podem ser a solução
Para aumentar as oportunidades para os jovens, a entidade recomenda que os adolescentes tenham acesso a algum tipo de mentoria que os ajude a conhecer melhor as profissões do futuro.
Assim como a escola também pode ajudar, ao promover atividades como estágios temporários, visitas ou trabalhos meio período, que ajudem quer quer expandir seus horizontes.
Habilidades para as carreiras do futuro
Já para jovens que querem se preparar para o futuro, vale conhecer mais sobre as profissões que citamos ali em cima e têm grandes chances de sucesso.
Além disso, o relatório da OCDE recomenda investir em habilidades que vão além do conhecimento acadêmico. As chamadas “soft skills” são formas de estar preparado para o mercado de trabalho do futuro.
Capacidades como comunicação, criatividade, facilidade de resolver problemas, boas relações interpessoais, entre outras, devem ser ainda mais valorizadas em um mercado cada vez mais competitivo.
Leia também: Como desenvolver suas soft skills?
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