Proposta de intervenção: o que é e como incluir na redação do Enem!

Ter uma redação com nota máxima no ENEM aumenta bastante as suas chances de entrar no curso desejado. Afinal, esse item corresponde a 20% da nota da prova e indica algumas das qualidades mais bem avaliadas pelos corretores. Com isso, a proposta de intervenção, um dos elementos mais importantes da redação, precisa ser bem compreendida e desenvolvida.

De forma objetiva, a proposta de intervenção é a estrutura que você vai apresentar para resolver o problema indicado pelo tema do texto. Com isso, depois de ter apresentado argumentos convincentes e feito uma base coesa e bem organizada com as suas ideias, deve mostrar uma solução para aquela situação.

Na prática, esse momento é fundamental para expor como você tem conhecimento sobre a organização de poderes no país e que consegue pensar em formas de melhorar dilemas da sociedade. Se fizer uma boa proposta, pode conseguir 200 pontos valiosos para sua avaliação. Bora entender como funciona a proposta de intervenção?

Leia também: Guia para fazer uma boa redação dissertativa

Como é a estrutura de uma redação do ENEM?

Quem está se preparando para o ENEM sabe muito bem como a redação dita o sucesso para o exame. Isso porque o texto vale 1.000 pontos, ou seja, 20% da nota total. Percebe como os avaliadores consideram a redação essencial? E isso não é à toa. Com ela eles vão compreender como você enxerga o mundo e se consegue desenvolver suas opiniões e conhecimentos em texto.

Além disso, essa ferramenta avalia se sua ortografia está em dia, se sabe o uso dos porquês, como usar a crase e outros elementos. E não vamos esquecer, coesão e coerência na hora de escrever também são levados em conta. É, realmente, uma forma de avaliação bem completa.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), a correção da redação tem como base cinco competências:

  1. Conhecimento completo da norma culta da língua portuguesa;
  2. Compreensão total do tema proposto;
  3. Saber defender seu ponto de vista, levando em conta a interpretação de informações e fatos, alinhando com suas opiniões e argumentos;
  4. Dominar os mecanismos linguísticos ligados à argumentação;
  5. Respeitar os Direitos Humanos.

O item 5 corresponde à proposta de intervenção. Isso significa que, ao apresentar sua solução para o problema, deve levar em conta todo o contexto social envolvido na questão e evitar argumentos rasos. Não dá pra resolver a fome no Brasil com a impressão de mais notas de dinheiro. Precisa ser algo inteligente, crível.

Proposta de Intervenção: efeitos na redação

Na introdução você já leu como a proposta de intervenção é destinada para apresentar soluções aos problemas envolvidos com o tema. Assim, nela o aluno vai mostrar ações inovadoras ou simplesmente funcionais para resolver dilemas e melhorar a sociedade, de uma forma geral.

Vamos pegar um tema aleatório, acesso à cultura, por exemplo. Com ele, o estudante precisa encontrar maneiras, bem embasadas e desenvolvidas, para ampliar a possibilidade da população ter mais contato com produções culturais ou eventos do tipo. E o importante, nesse caso, é que essas maneiras casem com as ideias e o contexto apresentado durante o texto. Ou seja, você precisa sempre manter uma base e não fugir dela.

A proposta de intervenção vai concluir a sua redação e é o item capaz de mostrar a sua capacidade de tomada de decisão, a partir das questões levantadas durante sua fala.

O que deve ter numa Proposta de Intervenção?

Como esse item está relacionado aos Direitos Humanos, fugir dessa ideia vai te dar um problemão. Ou seja, ao abordar a temática, avalie as situações e não utilize soluções extremistas ou simples. Afinal, se é um tema do ENEM, não é algo que possa ser resolvido com conceitos rasos. Seja empático! Pense o porquê aquilo está sendo discutido e leve em consideração todas as partes envolvidas.

Por exemplo, ao falar da população indígena e como o Brasil lida com as terras destinadas a esse grupo, não vá falando como eles deveriam ser introduzidos à nossa sociedade e esquecer seus costumes. Isso vai pegar muito mal com os avaliadores. Você vai diminuir o problema e mostrar como vê as situações sobre uma ótica apenas.

Por isso, construa com cuidado a sua proposta. Você vai precisar de argumentos convincentes e bem embasados, respeitando as diversas formas culturais e experiências de cada população ou grupo social.

Preciso reinventar a roda?

Calma! Não precisa ser algo super inovador e totalmente inédito. Você tem um limite de linhas a cumprir e não dá pra desenvolver tantas coisas. O mais importante é apresentar algo com aplicação, ou seja, que possa ser feito a partir das bases da nossa sociedade e dentro da legalidade. Usar algo de exemplo, feito no passado, é uma forma legal de destacar sua ideia, pois assim o avaliador entende a sua linha de raciocínio e você estará falando sobre uma coisa já testada antes.

Como avaliam a proposta?

Os avaliadores levam em consideração muitos critérios para determinar as pontuações. Claro, eles seguem orientações diretas do MEC para isso. Abaixo deixamos as pontuações e o critério de cada uma:

  • 200 pontos: proposta bem elaborada e concordando plenamente com tema;
  • 160 pontos: proposta bem desenvolvida e com relação às ideias do texto;
  • 120 pontos: elaborado de forma mediana, mas com relação às ideias do texto;
  • 80 pontos: proposta insuficiente ou pouco relacionada às discussões da redação;
  • 40 pontos: tem uma proposta vaga;
  • 0 ponto: sem proposta de intervenção ou o item fugiu completamente do tema.

Como fazer uma Proposta de Intervenção?

Bom, antes de qualquer coisa, você precisa planejar o que vai apresentar no texto antes de sair escrevendo. Tenha bons argumentos e use fatos da atualidade como seus melhores amigos. Depois de arquitetar a estrutura, é hora de implementar a sua proposta. Para isso, vai precisar ter em mente quatro elementos essenciais nesse item:

  1. O que deve ser feito;
  2. Quem vai realizar a ação;
  3. Como a proposta pode ser colocada em prática;
  4. Qual o resultado esperado com ela.

Parece muita coisa, mas você pode incluir cada elemento em poucas palavras e de forma bem eficiente. Agora, vamos te mostrar como desenvolver a proposta, a partir de cada item:

1. O que deve ser feito?

Essa é a primeira coisa a se definir. O que, efetivamente, precisa ser feito para resolver o problema? Uma política pública, novas leis, projetos sociais ou campanhas de conscientização são alguns exemplos interessantes. Não pode ser algo vago, como “medidas devem ser tomadas pelas autoridades”. O estudante precisa mostrar repertório para bolar uma ação concreta.

2. Quem vai realizar a ação?

Quem pode assumir e resolver o problema? É uma organização do governo, os deputados, senadores ou o Presidente da República? São entidades privadas ou ONG’s? Você tem várias opções para escolher, mas defina aquela que tem relação ao problema.

Uma dica é nunca escolher apenas um órgão para assumir a questão. Divida a responsabilidade entre o governo e outras entidades e mostre como você enxerga além da obviedade.

3. Como será colocado em prática?

Esse item é particularmente importante, pois mostra como você colocaria a proposta em prática. Vamos pegar o exemplo de antes, o acesso à cultura. Como promover essa questão, como fazer as pessoas terem mais contato com produtos culturais? Por meio de projetos para levar espetáculos a lugares com pouco acesso, por exemplo. Ou mobilizando deputados e vereadores para desenvolverem projetos de lei que promovam a questão.

4. Qual o resultado?

Depois de pensar nos detalhes acima, é importante ter um desfecho, ou seja, falar qual o efeito dessa proposta na sociedade. Se você mostrar os objetivos a curto, médio e longo prazo, por exemplo, vai indicar aos avaliadores que sua linha de raciocínio tem um destino bem definido, um horizonte. Assim, conseguirá fazer um proposta bem estabelecida.

Leia mais: Redação do Enem 2021: veja exemplos de nota mil e o passo a passo

Entendeu como funciona a Proposta de Intervenção?

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