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Pronome neutro no Enem: ele pode ser usado na redação?

pronome neutro

A luta pelos direitos LGBTQIAP+ têm crescido e ganhado grande repercussão nos últimos anos. E isso inclui a forma como nos comunicamos, afinal, utilizamos da linguagem para estar no mundo, para transformar-nos em sujeitos. Por isso, o uso de pronome neutro no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em redações ou textos começou a ser questionado.

A língua portuguesa está em mutação a todo momento, acompanhando a evolução constante em que nos encontramos. Mas, diferente de outros idiomas, o nosso segue o padrão binário, ou seja, substantivos, adjetivos e pronomes são marcados pelo gênero feminino ou masculino.

Pensar em uma linguagem inclusiva para abranger todas as pessoas, independentemente dos gêneros com os quais elas se identificam, é tão fundamental quanto legítimo. Certamente não é uma discussão rasa, logo não deve ser ignorada.  

Mas a questão que fica é: eu posso usar o pronome neutro no Enem?

Leia mais: Tema de redação do Enem: o que pode cair e como se preparar

O que são os pronomes neutros?

A Neolinguagem, também chamada como Linguagem Não-discriminadora de Gênero, ou Linguagem Não-binária, ou ainda Linguagem Neutra propõe alterações e acréscimos de palavras no idioma, como é o caso da substituição dos artigos por “ê”, isto é, o pronome neutro tem uma terceira letra para além do “a” e do “o” como vogal temática.

Um dos sistemas mais utilizados é o “ELU/DELU”, onde as vogais “a” e “o” no final dos pronomes é substituído por “u”. Em lugar de dizer “ele” ou “ela”, diz-se “elu”. Para “dele” ou “dela”, utilize-se “delu”. Já em palavras terminadas em “a” ou “o”, troca-se pelo “e”, como em “linde”, “tranquile”, “namorade”. Em palavras em que o “e” sinaliza o masculino, utiliza-se o “ie”, como em “professories”. 

As primeiras tentativas de inserir a linguagem neutra no cotidiano foi usando o “x” ou o “@”, mas deixaram de ser usados porque são difíceis de pronunciar e prejudicam a leitura de quem é deficiente visual ou neurodiverso.

Pronomes neutros em outros idiomas

O movimento pela neutralização da linguagem está longe de acontecer apenas em território brasileiro. Em Portugal, na Suécia, na Argentina, nos Estados Unidos e no Canadá, por exemplo, existem movimentos há décadas em direção à institucionalização e legitimação da linguagem em seus territórios. 

Muitas outras línguas já possuem os pronomes pessoais neutros, como o hen em sueco, élle (junção de ella com él) em espanhol, they/them no inglês e ri no esperanto. Há também outros idiomas com pronomes neutros, tais como o alemão, o polonês, o servo-croata, o romeno, o bielorrusso, o ucraniano e outros.

Mas, afinal, eu posso utilizar o pronome neutro no Enem?

Apesar do debate sobre uma linguagem inclusiva e neutra ter ganhado espaço, a norma padrão da língua portuguesa não inclui os pronomes neutros. Então a resposta é simples: não pode!

Leia mais: Como é feita a correção da prova do Enem?

E, se mesmo assim, eu quiser usar o pronome neutro na redação do Enem?

Você pode perder pontos na competência: “Domínio da escrita formal da língua portuguesa”. Vale apontar que erros gramaticais em redações do Enem não zeram a nota do estudante. Assim, mesmo com erros (se forem mínimos), ainda é possível não ter descontos de nota. Vai depender do avaliador.

Leia também: Competências da redação do Enem: como mandar bem nas cinco?

Tenho outra alternativa ao pronome neutro no Enem?

Nossa língua já tem características da não-binariedade, então, existem sim meios de neutralizar uma sentença sem fazer uso de marcadores de gênero, a exemplos de palavras como “pessoa”, “gente” ou “pessoal” (“Boa tarde, pessoal!” substituindo “Boa tarde a todos!”). Tudo questão de prática e costume.

Você pode aprofundar seus estudos na nossa língua, conseguir substituir o pronome neutro da sua redação do Enem e de quebra ainda melhorar sua nota.

Você pode ler outras redações aqui: Redação do Enem 2021: veja exemplos de nota mil e o passo a passo

Fique ligado também em algumas dicas

  • Ao invés de usar ‘diretor’ e ‘diretora’, usar dirigente; de ‘aluno’ e ‘aluna’, estudante. Use seus estudos também para conhecer mais palavras da nossa língua.
  • Suprima pronomes e artigos desnecessários ou repita o nome. Em muitas frases o pronome está lá meramente por costume. Por exemplo, em “A Maria nasceu dia cinco”, podemos dizer “Maria nasceu dia cinco”. Em “Todo mundo esperou até que ela chegasse”, podemos dizer “Todo mundo esperou até que chegasse”;
  • Usar alguns termos sem gênero que ignoramos. Tente usar “de” (ao invés de da/do) e “lhe” (ao invés de a/o). Na Bahia, por exemplo, usa-se muito o “de”. Nada impede usar essa linguagem em qualquer lugar do Brasil. Ao invés de dizer “Essa é a blusa do Juno”, podemos dizer “Essa é a blusa de Juno”;
  • Utilizar o gerúndio e a voz passiva, entre outras mudanças, são formas interessantes: “Os estudantes não poderão receber visitas femininas nos dormitórios”, optar pela alternativa: “Não se permitem visitas nos dormitórios”.

Leia mais: O que estudar para o Enem?

Sabemos que qualquer modificação no idioma leva um tempo longo para adaptação. Por exemplo, a reforma ortográfica de 2009, feita para unificar a linguagem dos oito países que falam português. A reforma não foi extensa e, ainda assim, gerou confusão. Logo, é previsível que haja divergências a uma mudança tão drástica nos pronomes.  

O mais importante é o fenômeno: por que agora os falantes estão querendo se marcar dessa maneira? Por que eles estão querendo se diferenciar dessa forma? É o momento de escutar isso.

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