Estiagem e crise geram oportunidades na Engenharia Hídrica

Por mais que a água seja o elemento em maior abundância no nosso planeta, a preocupação com sua qualidade e disponibilidade é uma constante para muitos especialistas. Um deles é o profissional de Engenharia Hídrica.

Esse engenheiro trabalha diretamente com questões relacionadas à gestão dos recursos hídricos. E, atualmente, com a falta de chuvas em muitas partes do Brasil, esse assunto ficou em alta. Desse modo, também influenciou na geração de oportunidades no mercado de trabalho do segmento. E a porta de entrada é o curso de engenharia na área, com muita base também nas exatas.

Quer saber mais sobre Engenharia Hídrica e o porquê da importância da gestão da água? Acompanhe esse post.

O que é Engenharia Hídrica

Para começar, hídrico, é o que diz respeito à água. Portanto, Engenharia Hídrica estuda a parte da engenharia em relação à água, ou seja: seus movimentos: fluxo e transporte. Estuda as redes de abastecimento de água, de transporte de esgoto, armazenamentos, as barragens e os sistemas de drenagem. É uma área bastante ligada ao meio ambiente.

Estuda a utilização da água com o objetivo de impactar o menos possível pela intervenção humana. Cria ou utiliza tecnologias para solucionar problemas relacionados com o desperdício e a escassez da água. Considera os aspectos ambientais, sociais, políticos e econômicos.

O curso de Engenharia Hídrica

É um curso de bacharelado, da área de ciências exatas, por mais que tenha muitas matérias das ciências sociais. Tem duração média de cinco anos e também é conhecido como Engenharia de Recursos Hídricos.

Como exemplo de grade curricular, utilizamos como modelo o curso de Engenharia Hídrica do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do sul (UFRGS).

O curso teve início no segundo semestre de 2012, é dividido em 10 etapas (semestres) e tem nota 5 no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE).

Grade Curricular de Engenharia Hídrica

  • Primeira Etapa: Introdução à Antropologia; Cálculo e Geometria Analítica I; Desenho Técnico I; Física I; Introdução à Engenharia Hídrica e Química Fundamental.
  • Segunda Etapa: Álgebra Linear I; Cálculo e Geometria Analítica II; Ciência dos Materiais; Desenho Técnico II; Física Geral – Eletromagnetismo e Qualidade de Água.
  • Terceira Etapa: Equações Diferenciais II: Estatística Aplicada aos Recursos Hídricos; Física III; Geologia de Engenharia I; Introdução à Programação; Mecânica e Microbiologia Ambiental Aplicada.
  • Quarta Etapa: Cálculo Numérico; Ecologia Aplicada à Engenharia Ambiental; Eletricidade Aplicada à Engenharia Hídrica; Hidrometeorologia; Mecânica dos Fluídos II; Resistência dos Materiais e Topobatimetria.
  • Quinta Etapa: Análise dos Sistemas Estruturais; Instrumentação e Hidrometria; Limnologia; Matemática Aplicada II; Mecânica dos Fluídos e Hidráulica II e Mecânica dos Solos I.
  • Sexta Etapa: Economia; Edificações I; Fundamentos da Física do Solo; Geoprocessamento Aplicado aos Recursos Hídricos; Hidráulica à Superfície Livre; Hidrologia I e Tratamento de Água e Esgoto.
  • Sétima Etapa: Engenharia Econômica e Avaliações; Erosão e Conservação do Solo e da Água; Hidráulica Marítima I; Hidrogeologia Geral; Hidrologia II; Obras Hidráulicas; Sistemas de Água e Esgotos e Tópicos Jurídicos e Sociais.
  • Oitava Etapa: Ecotecnologia; Gerenciamento da Drenagem Urbana; Hidráulica de Canais a Fundo Móvel; Hidráulica Marítima II; Irrigação e Drenagem Agrícola; Manejo, Controle e Gestão de Recursos Hídricos e Metodologia de Projeto. Nessa etapa é realizado o estágio supervisionado.
  • Nona Etapa: Aproveitamentos Hidroelétricos e Diagnóstico e Controle de Impactos Ambientais. Nessa etapa é feito o Projeto de Conclusão I.
  • Décima Etapa: Projeto de Conclusão II.

À partir da Oitava Etapa, é possível fazer uma série de matérias eletivas (optativas), tais como: Dimensionamento e Operação de Reservatórios; Gestão de Sistemas de Irrigação; Gerenciamento Costeiro; Modelagem de Qualidade da  Água em Ecossistemas e Recursos Naturais e Energias Renováveis.

O que faz um Engenheiro Hídrico?

O Engenheiro Hídrico elabora projetos e supervisiona obras hidráulicas, como bombeamento, tratamento e distribuição de água. Avalia tanto seus aspectos técnicos como sociais e ambientais. Faz monitoramento dos parâmetros hidrolólgicos para analisar o impacto ambiental em obras de grande porte na natureza, principalmente de usinas hidrelétricas ou estradas.

Atua em obras de infraestrutura e projetos hidráulicos de empresas públicas ou privadas. Também pode atuar em indústrias que utilizam água na sua produção ou em agências e órgãos de gestão dos recursos hídricos.

Também faz gestão de bacias hidrográficas, projetos de irrigação e drenagem, portos e canais. Nesses últimos, pode atuar na área de fiscalização, prevenindo que atividades industriais, agrícolas e urbanas possam causar impactos negativos nestes locais.

Pode atuar no setor de energia, na operação de represas. Trabalhando em conjunto com engenheiros sanitaristas e ambientais na recuperação e a manutenção dos recursos hídricos desses reservatórios. Ou então atuando com engenheiros civis, nas funções de projeto de canais, portos e barragens de usinas.

Para atuar como Engenheiro Hídrico é necessário registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).

Segundo o Guia de Profissões do site Último Segundo, o salário médio do Engenheiro Hídrico é de R$ 5.000. Porém, o piso salarial definido pelo conselho é de 6 salários mínimos para jornada de trabalho de 6 horas e 8,5 salários mínimos para jornadas de 8 horas diárias.

As melhores faculdades de Engenharia Hídrica

Segundo o site Enem Virtual, que leva em consideração as instituições de ensino superior que são reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC), as melhores faculdades de Engenharia Hídrica são:

  • Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) – Itajubá – MG;
  • Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) – Pelotas – RS;
  • Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha (UFVJM) – Teófilo Otoni – MG;
  • Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – Porto Alegre – RS.

Estiagem e crise geram oportunidades na Engenharia Hídrica

Segundo o site Brasil Escola, nosso país enfrenta uma crise hídrica que vem crescendo desde os primeiros focos em 2014. Existe um grande problema de seca e também uma crise na gestão dos recursos naturais. Os reservatórios que normalmente encontram-se cheios em algumas épocas do ano, tem apresentado níveis muito baixos.

Por mais que o Brasil seja considerado a maior potência em recursos hídricos do planeta, concentrando 12% de toda a água potável existente, por conta do relevo, as concentrações de água no espaço geográfico do país são desiguais. Fora que os locais onde se concentram as maiores populações, não são os mesmos onde há maior volume de água disponível.

Por conta desses detalhes, há muita falta de água nessas regiões mais populosas, como o Sul, o Sudeste e algumas regiões do Nordeste. Trazer água da Amazônia (onde há maior concentração), é totalmente inviável pelo custo de transporte, fora o impacto que causaria ao meio ambiente.

Além dos prejuízos que essa falta de água causa nos meios urbanos, também temos as questões relacionadas à indústria, a agricultura e a pecuária. Tudo isso traz grande impacto na economia do país. Fora a produção de energia elétrica, já que a maior concentração de energia produzida no país é através das usinas hidrelétricas. E estas estando vazias, prejudicam o seu funcionamento.

E como resolver a situação?

É aí que entra o trabalho da Engenharia Hídrica. O engenheiro hídrico tem formação e conhecimento para amenizar essa situação. Seja com investimento em infraestrutura de armazenamento e transporte de água. Ou então técnicas de reuso de águas de chuva, por exemplo.

Também pode atuar em campanhas para o uso consciente dos recursos e fiscalização dos mesmos. Ou pode também trabalhar na preservação dos mananciais, que são as nascentes dos cursos de água.

Como exemplo, temos que, desde a crise hídrica de 2014 na cidade de São Paulo, houve uma mudança de comportamento da população que acabou reduzindo seu consumo de água. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), a cidade passou a consumir 15% a menos de água de 2014 a 2019.

Isso aconteceu pois houve também a concessão de bônus ou aplicação de multas ao consumidor por conta do consumo na conta de água. Além disso, a Companhia também diminuiu a captação das represas e aumentou a de rios. Além disso, investiu na interligação dos sistemas de captação.

Engenharia Hídrica: uma ótima oportunidade

Com todos esses recursos, fazer o curso de Engenharia Hídrica se torna uma boa oportunidade nos dias atuais, levando em consideração que estes problemas estão cada vez mais presentes.

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