Depois de alguns semestres na graduação, é normal reconsiderar a escolha que você fez lá no início. Muitas vezes, as disciplinas não são da forma como você imaginou ou então, deu para perceber que o mercado de trabalho é mais restrito do que parecia. Nessa hora, muita gente começa a considerar a transferência de curso.
Mas quais são os procedimentos para fazer essa mudança? Neste artigo, vamos explicar as diferentes modalidades de transferência que existem, tanto interna quanto externa, além do passo a passo para trocar de curso.
Certamente, a transferência pode ser um caminho bem interessante para você acertar no seu futuro profissional.
Por que pedir transferência de curso?
Antes de tomar qualquer decisão, é importante ter certeza dos motivos pelos quais você está pedindo transferência e também tirar todas as dúvidas que podem surgir durante o processo.
Ela é ideal para quem percebeu que o curso não era o que esperava ou então quem se frustrou com a universidade que escolheu, mas não quer largar a graduação. Afinal, o ensino superior abre muitas portas no mercado de trabalho.
Por isso, a transferência pode ser bastante útil, porque evita que o aluno acabe abandonando as matérias que já está cursando ou que precise prestar vestibular de novo. Principalmente, se a ideia é migrar para um curso similar ao que você faz atualmente.
Com ela, fica mais fácil aproveitar as disciplinas que já foram cursadas e terminar a outra graduação de forma mais rápida. Muitas vezes sem ter que dar uma pausa de alguns meses entre uma faculdade e outra.
Por exemplo, a matéria de Didática é comum a diversas licenciaturas. Se você já cursou ela uma vez, não precisa refazê-la se guardar toda a documentação da antiga faculdade (e a ementa das duas forem similares).
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É possível mudar para outra instituição
Além disso, você também pode mudar para outra instituição, com professores especializados no que você quer estudar ou com uma infraestrutura melhor. São diversas vantagens, mas também é preciso ter atenção e saber que, muitas vezes, as vagas são restritas.
Quem define a quantidade de vagas disponíveis para transferência são os departamentos de ensino e a coordenação dos cursos. Isso significa que você acaba dependendo de decisões desses órgãos, além de desistências de outros estudantes para que algum lugar na turma fique vago.
Mesmo assim, não desanime! Como você viu, a transferência pode ser uma ótima oportunidade de encontrar a graduação certa para você. A seguir, vamos explicar as diferentes formas de transferência e algumas regras especiais!
O que é transferência de curso interna?
A primeira opção para o estudante que está insatisfeito com o curso é a transferência interna. Com ela, o aluno pode mudar para outra graduação da mesma instituição.
É a situação de quem gosta da universidade, da infraestrutura e do projeto pedagógico, mas não se adaptou bem ao conteúdo das disciplinas ou não vê muita perspectiva profissional na área que escolheu inicialmente.
Nesse caso, ele pode pedir uma transferência para outro curso da mesma faculdade sem precisar passar novamente pelo vestibular.
É um procedimento relativamente simples, mas pode variar de acordo com as regras da instituição. Em muitas situações, há uma seleção interna, constituída por avaliação de conhecimentos, histórico escolar ou ambos.
O que é transferência de curso externa?
Já a transferência externa pode ser a solução para quem não está satisfeito com a instituição de ensino atual. Seja por motivos financeiros, pedagógicos ou até por precisar mudar de cidade.
Ela também facilita a troca porque evita que o aluno precise passar pelo vestibular mais uma vez. Assim como na transferência interna, os processos variam de acordo com a universidade, mas, em geral, consiste em análise do currículo e de documentos que comprovem o vínculo com outra instituição.
Existe ainda a possibilidade da universidade exigir que tenham sido concluídas algumas disciplinas do curso para o qual o estudante quer migrar. Isso significa que vale conferir os editais de transferência dos anos anteriores para se preparar.
Que tem bolsa do Prouni pode fazer transferência de curso ou faculdade?
Outra dúvida comum de quem está considerando mudar de curso é se quem tem bolsa do Prouni pode fazer transferência de curso. A resposta é sim. Mas preste atenção: existe uma condição de que é que a carga-horária do curso escolhido não seja maior do que a do original, ou seja, para a qual a bolsa foi concedida.
Também não é possível alterar o caráter da bolsa (de parcial para integral, por exemplo). Além disso, a instituição de destino (aquela para a qual você vai ser transferido) precisa estar com o cadastro em dia no programa.
Quem tem o FIES pode fazer transferência de curso?
Para quem usa o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), a situação muda um pouco. No caso das transferências internas, o estudante pode fazer a solicitação de mudança apenas uma vez.
Já para as transferências externas, o aluno pode fazer o requerimento uma vez por semestre. Mas precisa se lembrar de solicitá-lo um mês antes do final do semestre vigente.
E se a sua bolsa de ensino não tem vínculo com o Governo Federal e faz parte de algum outro programa, oferecido pela própria instituição, vale lembrar de conferir as regras da própria faculdade. Afinal, esses descontos e bolsas seguem as determinações da própria universidade.
É possível fazer transferência de curso em EAD?
Outra questão que pode surgir quando o assunto é mudança de curso, é a questão da educação a distância. Afinal, quem faz um curso EAD pode pedir transferência?
Da mesma forma que o curso presencial, os alunos EAD podem sim pedir transferência. Só que, assim como nos outros casos, é preciso ao calendário da instituição e acompanhar os editais de transferência que costumam abrir no final do semestre.
Passo a passo para pedir transferência de curso
Agora que você viu os principais pré-requisitos para solicitar transferência e tirou as dúvidas mais comuns, chegou a hora de fazer o planejamento para mudar de curso ou universidade.
1 – Estude as modalidades de transferência
O primeiro passo você já superou. Ele consiste em estudar as diferentes modalidades de transferência (interna ou externa) e escolher aquela que faz mais sentido para o que você quer.
2 – Entenda as regras da universidade
Depois, chega a hora de estudar as regras de transferência da sua instituição. Procure no site da universidade ou então se informe na secretaria do curso. Lá, você vai descobrir quais documentos precisa reunir e pré-requisitos que deve preencher.
3 – Conheça o currículo e a carga horária
Ao mesmo tempo, verifique o plano de aulas e a carga horária do curso que você faz atualmente e aquele para o qual pretende ir. Se você for aluno do Prouni, por exemplo, isso vai fazer toda a diferença, como comentamos acima.
Além disso, se você conseguir identificar quais matérias pode validar no novo curso ou instituição, fica mais fácil já começar com essas disciplinas completas no currículo.
5 – Acompanhe o calendário letivo
Por fim, preste atenção no calendário de transferências da universidade. Essa informação costuma ficar disponível no site, mas se não estiver, ligue e se informe. Geralmente, as datas são no final e começo de cada semestre, quando a coordenação consegue calcular melhor quantas vagas disponíveis existem.
6 – Mantenha a tranquilidade
Por fim, mantenha a calma e procure tomar a decisão de forma tranquila. Mudar de curso pode ser um pouco estressante, mas não é um processo complexo. Basta ter atenção com a burocracia e cuidar para não acabar tendo que pagar muito mais caro.
O mais importante é fazer uma graduação que seja interessante para você, ajude na sua vida profissional e seja oferecida por uma instituição séria.
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E se você quer fazer uma transferência externa mas ainda não sabe qual faculdade escolher, confira nosso artigo que explica como encontrar as melhores universidades para a sua graduação.
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Natalia Pereira
Formada em Publicidade e Propaganda com bolsa de estudos, Natália Pereira passou por todos os dilemas que envolvem a vida de um jovem que está prestes a sair do ensino médio e se depara com o desafio de entrar em uma boa faculdade pagando pouco. Hoje, aos 23 anos, atua como Analista de Marketing e escreve sobre educação no Vai de Bolsa.
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